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29 de março de 2024 | 8:46
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RP recua para a ‘fase laranja’

O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta sexta­-feira, 15 de janeiro, a reclassi­ficação extraordinária do Pla­no São Paulo, sobre as regras de quarentena para o Estado. A região do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII), que abrange mais 25 cidades, regrediu da fase amarela para a laranja, mais restritiva. As medidas começam a valer nes­ta segunda-feira (18) e vão até sexta, dia 22, quando haverá nova atualização, segundo o governo estadual.

A atualização estava pre­vista para acontecer em três semanas, em 5 de fevereiro – um mês após a última clas­sificação, em 8 de janeiro –, em meio à piora dos indica­dores epidemiológicos sobre o avanço da covid-19. Segundo boletim da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), usado pelo Estado como parâmetro de análise do Plano São Paulo, as cidades do DRS-XIII estão com ocupação de 70,9% em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Na semana passada era 57,2%. Ainda de acordo com a Fundação Seade, o Esta­do registra aumento semanal – comparativo entre os sete últimos dias e os sete anterio­res – de 43,2% em novos ca­sos, 44,7% em novos óbitos e 21,4% em novas internações. Houve mudanças em relação às restrições de atividades na fase laranja, onde estão cidades de dez dos 17 Departamentos Regionais de Saúde (31% da população do Estado), entre eles o de Franca – Barretos se­gue na amarela, que tem seis DRS’s, (67% dos paulistas).

Academias, salões de bele­za e cabeleireiros, barbearias, restaurantes, cinemas, teatros e parques estaduais e munici­pais passam a poder funcionar na fase laranja. Em Ribeirão Preto, segundo o secretário da Casa Civil, Ricardo Aguiar, duas leis municipais, aprova­das na Câmara de Vereadores no ano passado e promulgadas pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB), consideram os ser­viços de academia e salões de beleza e similares essenciais.

Mesmo assim, só poderão abrir oito horas por dia e com capacidade máxima de 40%. O comércio tradicional de rua e dos quatro shopping centers de Ribeirão Preto – RibeirãoSho­pping, Santa Úrsula Shopping, Shopping Iguatemi e Novo Shopping – devem atender no máximo até oito horas por dia, com 40% da capacidade máxi­ma prevista em alvará.

Todas as demais ativida­des liberadas podem funcio­nar por até oito horas diárias, e não mais apenas quatro, e a capacidade de público tam­bém sobe de 20% para 40%. Porém, os estabelecimentos devem encerrar o atendi­mento presencial às 20 horas. Nos restaurantes e lojas de conveniência, a venda de be­bida alcoólica também é per­mitida até as 20 horas.
Após este horário, podem atender nos sistemas “take out (pegue e leve)”, “delivery (entre­ga em domicílio)” e “drive thru (entrega sem descer do carro)”.

O consumo local em bares é proibido, mas se o estabele­cimento servir refeições com atendimento em mesas, man­tendo o distanciamento de 1,5 metro, também poderá aten­der até as 20 horas. Atendi­mento no balcão está proibido.

Um DRS, o de Marília, com 2% da população paulista, está na fase vermelha, na qual só podem funcionar os serviços essenciais. Nesta faixa podem abrir apenas estabelecimentos que prestam serviços essen­ciais como supermercados, padarias, açougues, bares, lan­chonetes e restaurantes (des­de que não haja consumo no local), farmácias, drogarias, bancos (seguindo as regras de distanciamento e higieniza­ção), postos de combustíveis, serviços de limpeza, seguran­ça, transporte (ônibus, táxis e aplicativos) e abastecimento.

A fase amarela atual permi­te 40% de ocupação presencial para todas as atividades libe­radas, incluindo parques es­taduais, e expediente geral de até dez horas diárias. O aten­dimento presencial tem de ser encerrado às 22 horas em to­dos os setores. Nos bares, as portas devem fechar ao pú­blico mais cedo, às 20 horas. Atividades não essenciais que geram aglomeração, como festas, baladas e shows conti­nuam proibidas.

A região do DRS XIII é formada por Ribeirão Preto, Altinópolis, Barrinha, Ba­tatais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cra­vinhos, Dumont, Guariba, Guatapará, Jaboticabal, Jardi­nópolis, Luis Antônio, Mon­te Alto, Pitangueiras, Pontal, Pradópolis, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa de Vi­terbo, Santo Antônio da Ale­gria, São Simão, Serra Azul, Serrana e Sertãozinho.

Os critérios do Plano SP
Para que uma região possa ascender ou retroceder de fase, o Centro Estadual de Contin­gência da Covid-19 avalia a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), internações e óbitos por 100 mil habitantes e incidência de casos de coronavírus, óbitos e internações. Segundo a última atualização do Plano São Paulo, a região de Ribeirão Preto tem dois índices de fase verde e três da etapa amarela.

De acordo com dados dos últi­mos 14 dias consolidados em 14 de janeiro, a área do 13º De­partamento Regional de Saúde (DRS-XIII), que abrange Ribeirão Preto e mais 25 cidades, tinha 70,9% de ocupação de leitos de UTI e taxa de 13,4 vagas de terapia intensiva para cada 100 mil habitantes (era de 11,8 até dia 7). Estes critérios têm peso maior na avaliação.

Outros três critérios do Plano São Paulo ajudaram a rebaixar a região para a fase laranja: 251,7 novos casos para cada grupo de 100 mil habitantes (era de 181,4 até a semana passa), 47 internações para cada 100 mil moradores (era de 36,7) e 4,5 novos óbitos por 100 mil pesso­as (era de 3,6).

Na cidade de Ribeirão Preto a si­tuação é semelhante. O município tinha 67,5% de ocupação de leitos de UTI e taxa de 13,4 vagas de terapia intensiva para cada 100 mil habitantes; 236,3 novos casos para cada grupo de 100 mil habi­tantes, 42,2 internações para cada 100 mil moradores e 6,4 novos óbitos por 100 mil pessoas.

Os novos critérios de avaliação de indicadores de internações, ocupação de leitos e mortes levou o governo a endurecer a possibilidade de progressão de qualquer região novamen­te à fase verde do Plano São Paulo, que permite a maioria das atividades não essenciais com menos restrições de horário e público.

Cada região passa a precisar alcançar 30 internações por 100 mil habitantes e três mortes por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, além de passar 28 dias seguidos na fase amarela antes de avançar. Os critérios de saúde na fase laranja também ficam mais rígidos. O limite máximo da taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) passa de 75% para 70% em cada região.

A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), Sindicato do Co­mércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-RP) criticaram a regressão para a fase laran­ja. Concordam que “reduzir o horário de funcionamento do comércio não colabora de forma direta na redução do contágio da doença”.
Dizem que “a disseminação do vírus não é intensificada por estabelecimentos que seguem os protocolos de prevenção. Ela ocorre, principalmente, nas aglo­merações, festas clandestinas e em outros locais e atividades que não são fiscalizados pelos órgãos competentes”.

Os horários da fase laranja do Plano SP
– Comércio em geral
Oito horas por dia
De segunda a sábado
Entre 6 e 20 horas
Capacidade: 40%

– Shopping centers
Oito horas por dia
De segunda a domingo
Entre 6 e 20 horas
Capacidade: 40%

– Bares
Atividade não permitida Em Ribeirão Preto
Refeições: em mesas, com distanciamento de 1,5 m, pode atender até as 20 horas
Balcão: proibido

– Restaurantes e lojas de conveniência
De segunda-feira a domingo
Oito horas por dia
Entre 6 e 20 horas
Limite: 20 horas
Venda de bebida alcoólica
Até as 20 horas
Capacidade: 40%

– Permanência de clientes
Até as 20 horas

– Academias
Das 6 às 20 horas
Capacidade: 40% do previsto em alvará

– Salões de beleza e estética
De segunda a sábado
Das 6 às 20 horas
Capacidade: 40% do previsto em alvará

– Parques, cinemas, teatros e afins
Oito horas por dia
Capacidade: 40%

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