A Secretaria Municipal da Saúde confirmou, na tarde desta sexta-feira, 12 de agosto, mais três casos de varíola dos macacos (monkeypox) em Ribeirão Preto. Agora, a cidade já tem 16 pacientes diagnosticados com a doença. Segundo a pasta, os pacientes apresentam quadro clínico leve e seguem em acompanhamento médico ambulatorial e isolamento domiciliar.
Todos os contactantes identificados estão sendo monitorados pelos técnicos da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde. São todos residentes em Ribeirão Preto. Na segunda-feira (8), a pasta havia informado que, dos 13 casos confirmados até então, cinco pacientes receberam alta do acompanhamento e evoluíram para cura.
Guariba e Franca
Oito apresentavam quadro clínico leve e continuavam sob monitoramento médico ambulatorial e isolamento domiciliar. Até o momento todos os casos são do sexo masculino, com idades entre 22 e 46 anos. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou mais um caso em Guariba, na região metropolitana. Já a Secretaria Municipal de Saúde de Franca, na macrorregião, confirmou, nesta sexta-feira, o primeiro caso de varíola dos macacos na cidade.
De acordo com as autoridades locais, a doença foi diagnosticada em teste realizado pelo Instituto Adolfo Lutz em material coletado de um homem de 28 anos, com histórico de viagem recente. Ele foi atendido no Pronto Socorro Doutor Álvaro Azzuz. A secretaria informa que o paciente está em tratamento médico e foi orientado a permanecer em isolamento, assim como pessoas próximas.
Região
Com mais estas cinco ocorrências, já são 21 casos de monkeypox na macrorregião: o paciente francano, 16 ribeirão-pretanos, dois de Serãozinho e um de Batatais – este ainda não aparece no balanço da Secretaria de Saúde do Estado. Trata-se de um profissional de saúde que atua na cidade, mas é morador de Ribeirão Preto.
Até o momento, todos os pacientes apresentam quadro clínico sem sinais de agravamento da doença. Eles foram mantidos em isolamento domiciliar e seus comunicantes sob monitoramento. As autoridades investigam a possibilidade de transmissão comunitária do vírus hMPXV (sigla para Human Monkeypox Virus) em Ribeirão Preto.
Ou seja, quando não há mais como identificar o local onde a pessoa foi infectada – indício de que o vírus já circula entre as pessoas da localidade. O critério de confirmação dos casos foi laboratorial e todos os exames foram realizados pelo Instituto Adolfo Lutz.
Estado
Segundo o governo estadual, até o momento há 1.820 casos confirmados da doença em 76 municípios do estado. O atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. O vírus da monkeypox, que faz parte da mesma família da varíola, é transmitido entre pessoas e tem prevalência de transmissão de contato íntimo e sexual.
O governo de São Paulo anunciou, no dia 4, que o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto será referência regional no tratamento da doença e dará retaguarda para os casos mais graves, com necessidade de internação de pacientes e leitos de isolamento ou unidades de terapia intensiva.
A varíola dos macacos foi declarada emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Já foram reportados mais de 18 mil casos da doença, em 78 países diferentes pelo mundo. Mais de 70% dos casos da doença foram registrados na Europa, e 25% nas Américas.
Sintomas
Até agora, houve cinco mortes reportadas, e cerca de 10% dos pacientes tiveram de ser internados, para tratar das dores provocadas pela doença. Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele (erupções), geralmente na boca, pés, mãos, peito, rosto e ou regiões genitais.