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19 de abril de 2024 | 21:47
Jornal Tribuna Ribeirão
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Saúde

RP tem 16 casos de ‘monkeypox’

A Secretaria Municipal da Saúde confirmou, na tarde desta sexta-feira, 12 de agosto, mais três casos de varíola dos macacos (monkeypox) em Ri­beirão Preto. Agora, a cidade já tem 16 pacientes diagnostica­dos com a doença. Segundo a pasta, os pacientes apresen­tam quadro clínico leve e se­guem em acompanhamento médico ambulatorial e isola­mento domiciliar.

Todos os contactantes iden­tificados estão sendo mo­nitorados pelos técnicos da Divisão de Vigilância Epide­miológica da Secretaria Mu­nicipal da Saúde. São todos residentes em Ribeirão Preto. Na segunda-feira (8), a pasta havia informado que, dos 13 casos confirmados até então, cinco pacientes receberam alta do acompanhamento e evoluí­ram para cura.

Guariba e Franca
Oito apresentavam qua­dro clínico leve e continu­avam sob monitoramento médico ambulatorial e isola­mento domiciliar. Até o mo­mento todos os casos são do sexo masculino, com idades entre 22 e 46 anos. A Secre­taria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou mais um caso em Guariba, na re­gião metropolitana. Já a Se­cretaria Municipal de Saúde de Franca, na macrorregião, confirmou, nesta sexta-feira, o primeiro caso de varíola dos macacos na cidade.

De acordo com as auto­ridades locais, a doença foi diagnosticada em teste rea­lizado pelo Instituto Adolfo Lutz em material coletado de um homem de 28 anos, com histórico de viagem recente. Ele foi atendido no Pronto So­corro Doutor Álvaro Azzuz. A secretaria informa que o paciente está em tratamento médico e foi orientado a per­manecer em isolamento, as­sim como pessoas próximas.

Região
Com mais estas cinco ocorrências, já são 21 casos de monkeypox na macrorregião: o paciente francano, 16 ribeirão­-pretanos, dois de Serãozinho e um de Batatais – este ainda não aparece no balanço da Se­cretaria de Saúde do Estado. Trata-se de um profissional de saúde que atua na cidade, mas é morador de Ribeirão Preto.

Até o momento, todos os pacientes apresentam quadro clínico sem sinais de agrava­mento da doença. Eles foram mantidos em isolamento do­miciliar e seus comunicantes sob monitoramento. As auto­ridades investigam a possibili­dade de transmissão comunitá­ria do vírus hMPXV (sigla para Human Monkeypox Virus) em Ribeirão Preto.

Ou seja, quando não há mais como identificar o local onde a pessoa foi infectada – indício de que o vírus já circula entre as pessoas da localidade. O critério de confirmação dos casos foi laboratorial e todos os exames foram realizados pelo Instituto Adolfo Lutz.

Estado
Segundo o governo esta­dual, até o momento há 1.820 casos confirmados da doença em 76 municípios do estado. O atual surto não tem a participa­ção de macacos na transmissão para seres humanos. O vírus da monkeypox, que faz parte da mesma família da varíola, é transmitido entre pessoas e tem prevalência de transmis­são de contato íntimo e sexual.

O governo de São Paulo anunciou, no dia 4, que o Hos­pital das Clínicas de Ribeirão Preto será referência regional no tratamento da doença e dará retaguarda para os casos mais graves, com necessidade de internação de pacientes e leitos de isolamento ou unida­des de terapia intensiva.

A varíola dos macacos foi declarada emergência de saú­de pública de interesse interna­cional pela Organização Mun­dial da Saúde (OMS). Já foram reportados mais de 18 mil casos da doença, em 78 países diferentes pelo mundo. Mais de 70% dos casos da doença foram registrados na Europa, e 25% nas Américas.

Sintomas
Até agora, houve cinco mortes reportadas, e cerca de 10% dos pacientes tiveram de ser internados, para tratar das dores provocadas pela doença. Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, lin­fonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele (erupções), geralmente na boca, pés, mãos, peito, rosto e ou regiões genitais.

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