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19 de abril de 2024 | 17:57
Jornal Tribuna Ribeirão
MARCELLO CASAL JR./AG.BR.
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Economia

RP tem 262.764 inadimplentes

O número de inadimplentes em Ribeirão Preto aumentou 4,55% em agosto deste ano na comparação com o mesmo pe­ríodo de 2018, de 251.318 para 262.764, com 11.446 devedores a mais. Significa que 37,3% da população da cidade, estimada em 703.293 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística (IBGE), tem alguma conta em atraso, aponta a Serasa Experian.

Em relação a julho des­te ano, quando a cidade tinha 263.760 inadimplentes, houve leve queda de 0,37%. Ou seja, 996 ribeirão-pretanos quitaram suas dívidas em agosto, quando o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou a liberar a primeira parcela do 13º salário de aposentados e pensionistas.

Segundo previsão da Gerên­cia Executiva de Ribeirão Preto com base na folha de pagamen­to de julho do INSS, 113.118 aposentados e pensionistas da cidade dividiram cerca de R$ 106,9 milhões – correspondente a 50% de R$ 213,8 milhões.

Em julho deste ano, 37,5% dos moradores da cidade ti­nham alguma fatura pendente. Ribeirão Preto fechou o ano passado com 253.260 devedo­res, alta de 5,7% em relação aos 239.507 de dezembro de 2017, acréscimo de 13.753 pessoas.

Evolução da inadimplência
Em relação a janeiro, quan­do 256.446 ribeirão-pretanos estavam endividados, a alta em agosto chega a 2,5%, com aporte de 6.318inadimplentes. O pico deste ano foi registrado em abril, quando 266.374 mora­dores da cidade tinham alguma conta pendente, 37,9% da po­pulação. O menor número foi constatado em fevereiro, com 256.287 devedores. Em março eram 263.025, em maio 260.493 e, em junho, de 265.097.

A média de crescimento da inadimplência em Ribeirão Pre­to no mês de agosto, de 4,55%, é superior à nacional, que ficou em 3,08%, saltando de 61,5 mi­lhões em 2018 para 63,4 milhões no oitavo mês deste ano – 1,9 milhão entraram, na lista de “maus pagadores”.

Na comparação com agosto de 2017, o índice teve aumento de 4,9%, com três milhões de inadimplentes a mais do que os 60,4 milhões da época. O núme­ro nacional representa 40,6% da população adulta do país, que deve principalmente para insti­tuições financeiras.

Na visão por gênero, os ho­mens são a maior parte (50,8%), devendo mais para o segmento de bancos e cartão de crédito. Já elas (49,2%) têm mais dívidas atrasadas em utilities – contas de água, luz e gás.

Se comparado a julho, quando o país tinha 63,3 mi­lhões de devedores, aproxi­madamente 100 mil entraram para as listas de contas atra­sadas e negativadas – leve au­mento de 0,15% em agosto.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o mito de que mulheres devem mais não existe. “Podemos falar que hoje os gêneros estão em pé de igual­dade, ambos impactados forte­mente pelo desemprego no país. Apesar disso, os dados indicam uma estabilidade no número nos últimos meses, um sinal de alívio para a economia do país”.

A representatividade da soma de bancos e cartões e fi­nanceiras é maior no montante de dívidas atrasadas dos homens (40%) do que nas mulheres (37,3%). Elas têm mais contas negativadas em utilities (água, luz e gás) e varejo.

Segundo Rabi, os homens costumam assumir mais com­promissos com instituições fi­nanceiras do que elas. “É mais comum que os financiamentos de veículos e imóveis, por exem­plo, sejam feitos por eles. Isso se deve pela maior renda da popu­lação masculina, que acaba ten­do a aprovação de crédito mais fácil do que para mulheres”.

Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o valor médio da dívida do brasileiro em agosto era de R$ 3.277,74. Com base nesta informação, o montante da inadimplência em Ribeirão Preto no mesmo mês estava em R$ 861.272.073,36.

Ficou praticamente está­vel – leve alta de 0,38% – em relação a julho, quando mon­tante era R$ 857.932.152,00 (o valor médio das dívidas era de 3.252,70. O percentual de inadimplentes no estado de São Paulo também cresceu em agosto em relação a julho, de 42,8% para 43,6% da po­pulação adulta. Os paulistas representam 24% do total de devedores do Brasil, cerca de 15,2 milhões de pessoas.

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