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29 de março de 2024 | 1:38
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Cultura

RP vai bater papo com Zuza Homem de Mello

O musicólogo, jornalista, produtor musical e escritor Zuza Homem de Mello estará em Ri­beirão Preto neste sábado, 10 de agosto, para um bate-papo sobre o livro “Copacabana: a trajetória do samba-canção (1929-1958)”, de sua autoria. O debate será in­tercalado com show de Luciana Alves e Ronaldo Rayol. Será às 19 horas, no Auditório do Sesc, que tem capacidade para 200 pessoas sentadas.

Fica na unidade da rua Ti­biriça nº 50, na região central de Ribeirão Preto – entre a avenida Doutor Francisco Junqueira e a rua Visconde do Rio Branco. Mais informações pelo telefone (16) 3977-4477. O evento tem entrada gratuita e é livre para todas as idades. Não será per­mitida a entrada após o início. O novo livro de Zuza Homem de Mello é fruto de mais de dez anos de pesquisas. “Copacaba­na” documenta de modo minu­cioso a história de um dos gêne­ros mais importantes da nossa música: o samba-canção.

Desde seu surgimento no teatro de revista, com o sucesso da gravação de “Linda flor”, por Aracy Cortes, em 1929, até o advento da bossa nova em 1958, o samba-canção foi um dos gê­neros preferidos de composito­res da estirpe de Ary Barroso, Caymmi, Cartola, Lupicínio, Tom Jobim e até mesmo Noel Rosa, cuja obra, como demons­tra Zuza, inclui várias composi­ções que já eram legítimos sam­bas-canção.

Com o fechamento dos cassi­nos em 1946, boa parte do meio artístico da então capital fede­ral migrou para boates e clubes noturnos, que se concentraram especialmente em Copacabana, bairro-ícone do Rio de Janeiro. Entre 1946 e 1958 o samba-can­ção foi o gênero de maior suces­so da música brasileira. Com seu cativante ritmo, propício para se dançar colado ao parceiro, e sua temática romântica, ele invadiu a noite carioca.

Também conquistou o país nas vozes de intérpretes como Linda Batista, Dick Farney, Dal­va de Oliveira, Nora Ney, Elizeth Cardoso, Dolores Duran e May­sa – as duas últimas também ex­celentes compositoras. Ao mes­mo tempo que o samba-canção cultivava harmonias mais sofis­ticadas e modulações, que abri­ram caminho para a bossa nova, ele tinha também uma vertente extremamente popular, com campeões de vendas como An­gela Maria, Nelson Gonçalves e Cauby Peixoto.

Estudo amplo, profundo e fartamente ilustrado, este livro tem mais uma qualidade essen­cial: ele faz com que revivamos uma época áurea do Rio de Ja­neiro, guiados pelo texto vibran­te e caloroso do autor, um dos maiores conhecedores de músi­ca em nosso país.

Sobre o autor
Zuza Homem de Mello é musicólogo, jornalista e produ­tor musical. Estudou na School of Jazz de Tanglewood, Massa­chussets, na Juilliard School of Music de Nova York e na New York University nos USA. São 65 anos dedicados ao garim­po e à divulgação do que há de melhor na música popular e no jazz. Foi engenheiro de som da TV Record na sua fase de mu­sicais e festivais, atuou como crítico musical no O Estado de S. Paulo, produziu shows e dis­cos, além de ter sido curador de eventos e festivais.

É autor dos livros “Música popular brasileira cantada e con­tada” (Melhoramentos, 1976), “A Canção no Tempo”, em 2 volumes com Jairo Severiano (Editora 34, 1997-98), “João Gil­berto” (Publifolha, 2001), “A Era dos Festivais” (Editora 34, 2003), “Música nas veias” (Editora 34, 2007), “Eis aqui os Bossa Nova” (Editora Martins Fontes, 2008), “Música com Z” (Editora 34, 2014), contemplado com o Prê­mio APCA, e “Copacabana, a trajetória do samba-canção” (co -produção Editora 34 e Edições Sesc, 2017).

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