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Economia

Safra pode crescer até 2,8% em 2019

O Instituto Brasileiro de Ge­ografia e Estatística e a Compa­nhia Nacional de Abastecimen­to – vinculada ao Ministério da Agricultura – divulgaram nesta terça-feira, 12 de fevereiro, suas previsões para a safra agríco­la deste ano. Segundo o IBGE, a produção de grãos de 2019 deve totalizar 230,7 milhões de toneladas, uma alta de 1,9% em relação ao resultado de 2018, o equivalente a 4,2 milhões de to­neladas a mais.

Os dados são do levanta­mento sistemático de janeiro. Em relação ao terceiro prog­nóstico, porém, houve redução de 1,2% na estimativa para este ano, o equivalente a 2,7 mi­lhões de toneladas a menos. Os produtores brasileiros devem colher 62,1 milhões de hecta­res na safra agrícola de 2019, uma elevação de 2,0% em rela­ção à área colhida em 2018. O resultado, porém, é 0,1% me­nor do que o previsto no mês passado. A área a ser colhida de soja em 2019 será 2,0% maior que a de 2018, enquanto a de milho deve crescer 3,6%. Por outro lado, a área de arroz encolherá em 6,6%.

Já para a Conab, a produção de grãos na safra 2018/19 deve alcançar 234,1 milhões de tone­ladas, o que corresponde a um aumento de 2,8%, ou 6,5 mi­lhões de toneladas, em relação à safra passada, que foi de 227,75 milhões de toneladas. Os núme­ros fazem parte do quinto levan­tamento da companhia.

Em relação ao quarto levan­tamento de safra da companhia, divulgado em janeiro, houve, porém, recuo de 1,34%, motiva­do por adversidades climáticas em regiões produtoras, sobretu­do altas temperaturas e falta ou ocorrência de chuvas pontuais. A área plantada está prevista em 62,6 milhões de hectares, um aumento de 1,5% em relação à safra 2017/18. Quando compa­rada ao quarto levantamento da Conab, de janeiro, que previa área de 62,5 milhões de hectares, essa estimativa avançou pouco, apenas 0,16%.

A principal lavoura do País, a soja, além do milho primeira safra, o arroz e o feijão devem ter produtividade menor em rela­ção a 2017/18. No caso da soja, a safra 2018/19 deve recuar 3,3%, para 115,3 milhões de tonela­das, mesmo com aumento de 1,9% na área plantada “O fator responsável é a redução da pro­dutividade, ocasionada por ad­versidades climáticas em alguns Estados”, justifica a Conab. O levantamento de safra anterior, divulgado em janeiro deste ano, previa colheita de 118,8 milhões de toneladas.

Para o milho verão, a pro­dução também deve cair em relação a 2017/18 (que produ­ziu 26,81 milhões de toneladas), para 26,5 milhões de toneladas e área cultivada 1,2% menor. “Mas, se acrescida da segunda safra (safra de inverno), a pro­dução total poderá alcançar 91,7 milhões de toneladas, 13,6% a mais que em 2017/18”, diz a Co­nab. No quarto levantamento, de janeiro deste ano, a Conab previa colheita de 27,46 milhões de toneladas de milho verão e de 63,73 milhões de toneladas de milho segunda safra. A safra total era prevista, em janeiro, em 91,2 milhões de toneladas.

O arroz, com concentração maior no Sul do País, apresentou no levantamento desta terça um porcentual de 11,3% de perdas frente à safra anterior, ficando em 10,7 milhões de toneladas. O feijão primeira safra sofreu igualmente, com registro de 10,6% a menos, refletindo numa produção de 1 milhão de tonela­das. Segundo a Conab, o maior destaque positivo do estudo continua sendo o algodão, que registrou grande concentração de plantio no mês passado, em função do bom desempenho das cotações da pluma.

Se no quarto levantamento de safra a companhia estimava crescimento superior a 25,3% na área, na atual estimativa, este percentual subiu mais, para 33% relação a 2017/18. Quanto à produção, a Conab avaliou que o País deve colher 27,9% mais algodão em pluma em relação à safra passada. Quanto à safra de inverno, a companhia informa que o início de plantio de aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale é a partir de abril. “O es­tudo deste mês estima uma pro­dução dessas culturas superior 6,9% ante 2018, podendo alcan­çar 6,9 milhões de toneladas.”

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