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28 de março de 2024 | 8:03
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São Cristovão e perigo ao volante!

São Cristóvão viveu em 251 d.C., é o patrono dos viajantes e um dos “Quatorze Santos Ajudantes” que apareceram para Santa Joana D’Arc. Um mártir, São Cristóvão, chamado Kes­ter, morreu em Lycia, na Ásia Menor (atualmente Turquia). Diz a tradição que ele era um homem muito forte que ajudava as pessoas a cruzarem o rio.

Um dia, um menino pediu para ajudá-lo. São Cristóvão colocou-o nos ombros e começou a atravessar o rio. A cada passo a criança ficava mais pesada, e São Cristóvão se esfor­çava ao máximo para salvar o menino. São Cristóvão disse à criança que estava muito difícil e que parecia estar carregan­do o mundo! E a criança respondeu: “Não fique surpreso! Você não só está carregando o mundo, você carrega o criador do mundo nos ombros!”. O menino era Jesus!
Por isso, São Cristóvão é invocado por todos antes de suas jornadas. Raramente se vê um taxi ou ônibus sem a medalhi­nha do santo em algum lugar do painel. Christopher significa “carregador de Cristo” (“Christo-phoros”).

As sua relíquias estão em Roma e Paris. Ele é invocado contra acidentes. Em algumas cidades, é costume os moto­ristas levarem seus veículos para serem bentos. Sua festa é celebrada no dia 25 de julho.

A existência de um mártir chamado São Cristóvão não pode ser negada, visto ter sido suficientemente provada pelo jesuíta Nicholas Serarius em seu tratado sobre “Ladainhas” “Litenutici” (Cologne 1609) e por Molanus em sua história de pinturas sagradas “De Picturis et imaginibus sacris”(Louvain 1570). Em 1386, uma irmandade foi fundada sob o patrocínio de São Cristóvão no Tirol, Vorarlberg para guiar os viajantes em Arlberg. Em 1517 a Sociedade de São Cristóvão foi funda­da em Caryntia, Styria na Saxônia e em Munique.

Grande veneração popular ao santo é encontrada em Veneza e às margens do Danúbio, Reno e outros rios onde as enchentes causam frequentes danos. Moedas com a sua imagem são cunha­dos em Würzburg, em Wurtemberg e na Bohemia. Estátuas do santo são colocadas na entrada das igrejas, das pontes, túneis e sua medalha é encontrada nos veículos em geral.

Volto a escrever sobre determinadas e demasiadas traves­sias perigosas na malha viária de nossa cidade. Não poucas vezes meu coração vem à boca, no dia em que celebramos a Memória de São Cristóvão, embora o perigo ao volante continue! É bem por isso que oferecemos a bênção aos mo­toristas neste dia, entre 8 e 14 horas, diante da Igreja Santo Antoninho, avenida Saudade nº 202, nos Campos Elíseos, em Ribeirão Preto.

Minha reflexão consiste em duas situações: pessoas que conduzem mal e muito perigosamente seus veículos: auto­móveis, transporte urbano e motocicletas, bem como sina­lizações que proporcionam uma imprudência audaciosa de muitos condutores egoístas e profundamente individualistas!

Basta estar atento às notícias de acidentes no trânsito. De muitos já fui testemunha ocular “in loco”. Até hoje, graças ao meu Anjo da Guarda, consegui sair ileso ou se desejarem, chegar ileso ao meu destino. Embora muitas vezes tenha sen­tido aquele friozinho na espinha de tantos sustos que já levei num trânsito desumano e violento.

Uma condução, seja ela qual for, nas mãos de alguém inexperiente, imprudente, egoísta e ousadamente atrevido é, muitas vezes, uma arma letal que mata ou deixa vitimadas pessoas inocentes. São Cristóvão proteja a todos!

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