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20 de abril de 2024 | 9:36
Jornal Tribuna Ribeirão
MARCELO CAMARGO/AG.BR.
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Sarampo já fez 33 vítimas neste ano

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou nes­ta quarta-feira, 2 de outubro, mais 13 casos de sarampo que estavam sendo investigados em Ribeirão Preto, que já soma 33 ocorrências da doença nes­te ano – foram 21 em agosto, onze em julho, uma em junho e nenhuma em setembro. Atu­almente, outras 187 suspeitas de infecção estão sob investi­gação na cidade.

Em todos os casos a pasta promoveu bloqueios vacinais. O Departamento de Vigilância em Saúde, ligado à SMS, reco­menda às pessoas que procu­rem algum dos 36 postos com salas de vacinação, caso ainda não tenham feito a imunização contra a doença.

A secretaria ainda informa que, seguindo norma da Divi­são de Imunização do Centro de Vigilância Epidemiológi­ca do Estado de São Paulo, as crianças residentes em Ribei­rão Preto e com idade entre seis e onze meses estão rece­bendo uma dose da vacina trí­plice viral.

Independentemente dessa dose, a vacinação com tríplice viral aos doze meses e de tetra viral aos 15 meses deve ser rea­lizada normalmente, desde que respeitados um intervalo de 30 dias entre cada uma. Após essa faixa etária, e até 29 anos de ida­de, todas as pessoas deverão ter tomado as duas doses da vacina.

A partir de 29 anos o Mi­nistério da Saúde recomenda apenas uma dose da vacina. Em 2018, Ribeirão Preto registrou um caso não autóctone (impor­tado) no mês de abril, depois de dez anos sem nenhuma ocor­rência. A cidade conta atual­mente com 36 salas de vacinas que permanecem abertas de se­gunda a sexta-feira – os horários de atendimento são variados, de acordo com o funcionamento de cada unidade de saúde.

A diretora de Vigilância em Saúde e Planejamento da Secretaria Municipal da Saú­de, Luzia Marcia Romanholi Passos orienta as pessoas que apresentarem febre e manchas vermelhas pelo corpo, acom­panhadas de tosse, coriza e ou conjuntivite, a procurarem uma unidade de saúde.

“O sarampo é uma doença altamente transmissível por via respiratória, isto é, transmite à outra pessoa ao falar, ao tossir, ao espirrar”, alerta. Ela explica, ainda, que a vacina contra sa­rampo é de rotina, inclusa no Programa Nacional de Vacina­ção desde 1980. Ribeirão Pre­to possui uma boa cobertura vacinal, com mais de 100% de imunização do público-alvo – crianças nascidas na cidade nos últimos quatro anos e que tomaram as duas doses.

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (2) mais qua­tro mortes por sarampo no Es­tado, totalizando nove óbitos causados pela doença neste ano em território paulista. De acor­do com novo boletim da pasta, o número de infecções pela doen­ça chegou a 5.411, mais da meta­de (59%) na capital paulista.

Entre as novas vítimas fa­tais da doença estão um bebê do sexo feminino, com onze meses e não vacinada; uma mulher de Itanhaém, de 46 anos, com condições de risco; uma mulher de Francisco Mo­rato, de 59 anos, sem registro de vacinação; e um homem de Osasco, de 25 anos, também sem histórico de imunização. Anteriormente, já haviam sido confirmadas quatro mortes na capital e uma em Osasco.

São três bebês – uma menina de quatro meses em Osasco, um menino de nove meses e outro de 26 dias na capital –, um ho­mem de 42 anos e uma mulher de 31 anos sem histórico de vaci­nação, todos de São Paulo.

O vírus do sarampo está em circulação em 134 dos 645 municípios paulistas (20,8% do total). São consideradas pessoas com condição de risco os portadores de doenças crô­nicas, como diabete e hiper­tensão, e imunodeprimidos, que podem ficar mais vulne­ráveis à infecção pelo sarampo e ao desenvolvimento de com­plicações da doença.

Entenda o sarampo
O sarampo é uma doença grave e que pode levar à morte, mas pode ser evitada pela vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Ela integra o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e é aplica­da aos doze meses, com reforço aos 15 meses com a tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Quem já teve saram­po não precisa se vacinar, pois já possui os anticorpos para que a doença seja evitada.

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