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Ribeirão Preto
29 de março de 2024 | 12:42
Jornal Tribuna Ribeirão
Ribeirão Preto começou 2022 com 52 casos em janeiro, em fevereiro este número saltou para 193, em março disparou para 761 e em abril chegou a 596
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Saúde investiga óbito por dengue

A Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da Se­cretaria Municipal da Saúde (SMS) investiga a morte de uma criança de 7 anos por sus­peita de dengue hemorrágica. Alicia da Rocha Novaes Silva faleceu na madrugada desta segunda-feira, 18 de janeiro, no Hospital São Paulo, em Ri­beirão Preto. Se for confirma­da a infecção, será o primeiro óbito em decorrência da doen­ça este ano na cidade.

Por meio de nota, a Uni­med Ribeirão Preto “confirma o falecimento da criança Ali­cia da Rocha Novaes Silva, na madrugada do dia 18/01/2021, no Hospital São Paulo, em Ri­beirão Preto. A diretoria do hospital esclarece que o diag­nóstico de dengue hemorrá­gica não está confirmado. A Vigilância Epidemiológica de Ribeirão Preto coletou os exa­mes e aguarda os resultados. A família da paciente recebeu to­das as informações sobre o seu quadro de saúde”.

Em 2020, ocorreram onze mortes na cidade, mas um caso era importado de São Si­mão. No total oficial, a Secre­taria da Saúde fechou o ano passado com dez óbitos por dengue, sete a mais do que os três falecimentos de 2019, alta de 233,3%. O número de dez vítimas fatais do Aedes aegypti – vetor da doença, do zika ví­rus e das febres chikungunya e amarela na área urbana – já é o maior em pelo menos cinco anos (desde 2016).

Antes de 2019, a cidade não registrava óbito em decor­rência da infecção desde 2016, quando nove pacientes não re­sistiram aos vírus. No ano pas­sado, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro, Ribeirão Preto registrou 17.601 casos de den­gue e a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) investiga mais 26.838 pacientes que podem estar com a doença – aguarda o resultado de exames, segun­do o Boletim Epidemiológico divulgado em 4 de janeiro.

O número total de vítimas do Aedes aegypti em 2020 é 21,2% superior ao de 14.520 pessoas infectadas em 2019 – de acordo com dados atuali­zados pela Secretaria da Saúde –, 3.081 ocorrências a mais. Apesar dos óbitos, a dengue fechou o segundo semestre do ano em queda, mesmo depois de Ribeirão Preto ter declara­do epidemia ainda na primei­ra metade de 2020, a sexta em onze anos. A média diária de pessoas diagnosticadas com o vírus transmitido pelo Aedes aegypti em 365 dias foi de 48, duas por hora.

O pico do ano ocorreu en­tre janeiro e maio, de 114 pa­cientes a cada 24 horas. Dos 17.601 casos confirmados até agora, 2.932 são de janeiro, 6.695 de fevereiro, 5.045 de março, 1.865 de abril, 806 de maio, 170 de junho, 47 de julho, 16 de agosto, doze de setembro, cinco de outubro, seis de novembro e apenas dois de dezembro.

Em dezembro de 2019 fo­ram 397, e a queda neste ano chega a 99,5%, ou 395 enfer­mos a menos. Entre julho e o mês passado o Aedes aegypti fez 88 vítimas, contra 999 do mesmo período de 2019. São 911 a menos em 2020, retra­ção de 91,2%.

Na comparação com os seis meses anteriores, a queda é de 99,5%. São 17.425 pacientes a menos dos que os 17.513 de ja­neiro a junho. No ano passado, a maioria das vítimas do mos­quito transmissor tem entre 20 e 39 anos (6.562).

Depois aparecem os adul­tos de 40 a 59 anos (4.408), jo­vens de dez a 19 anos (2.785), idosos com mais de 60 anos (1.915), crianças de 5 a 9 anos (1.167), de um a quatro anos (652) e menores de um ano (112). Em 2020, os casos de dengue foram registrados nas regiões Oeste (5.162), Les­te (3.624), Norte (3.557), Sul (3.297) e Central (1.961) – não há ocorrências sem identifica­ção de distrito.

Em 2018, Ribeirão Preto registrou 271 casos de dengue. Em 2017, foram 246, o volume mais baixo dos últimos doze anos. Em 2014 foram 398 re­gistros. Nos demais oito anos os casos confirmados foram superiores a mil, em alguns de­les passando de dez mil regis­tros, como em 2016 (de 35.043 casos, maior surto da história da cidade), 2010 (de 29.637), 2011 (de 23.384) e 2013 (de 13.179). O terceiro menor re­gistro de casos ocorreu em 2012, com 317. Ribeirão Preto também constatou 1.700 casos em 2009 e 4.689 em 2015.

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