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20 de abril de 2024 | 6:27
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CLAUDIO FRATESCHI
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Cultura

Sesi terá tributo a Gonzaguinha

A cantora Fernanda Marx e banda estarão nesta quinta-fei­ra, 13 de junho, às 20 horas, no Sesi Ribeirão Preto com o show “Refazendo Gonzaguinha”. Sob o comando da intérprete, o es­petáculo traz novos arranjos e interpretações das canções do cantor e compositor carioca, Luiz Gonzaga do Nascimento Junior, o Gonzaguinha (1945- 1991). A entrada é franca, com retirada antecipada de ingressos.

Trata-se de um resgate da vasta obra do artista, que ficou eternizada em sua voz e também nas vozes de outros intérpretes. O show prima pela autenticida­de nas versões, dando um cunho autoral e imponente às canções. Vai ter muito samba e MPB. Fer­nanda Marx será acompanhada por Alessandro Machado (vio­lão e guitarra), Eder Bortolato (baixo elétrico e acústico), Le­andro Cunha (piano elétrico) e Inácio Koser (bateria).

Entre os grandes sucessos de Gonzaguina estão “Lindo lago do amor”, “O que é? O que é?”, “Sangrando”, “A morte do va­queiro”, “Nunca pare de sonhar”, “Começaria tudo outra vez”, “Grito de alerta”, “Comporta­mento geral”, “Eu apenas queria que você soubesse”, “E vamos a luta”, “Um homem também cho­ra”, “Vozes da seca”, “Espere por mim, Morena”, “Não dá mais pra segurar – Explode coração”, “Boiadeiro”, “A vida do viajante” e “Recado”, entre tantos outros.

Gonzaguinha transformava as dificuldades de sua vida em uma aguda consciência política e social, que se tornaria maté­ria prima fundamental de sua obra. A grande mudança em sua carreira veio em fevereiro de 1973, quando se apresentou no programa de Flávio Caval­canti quando cantou a música “Comportamento geral”. Acu­sado de terrorista pelos jurados do programa, recebeu uma ad­vertência da censura no dia se­guinte, mas a polêmica causada levaria sua música a ocupar as paradas de sucesso e seu com­pacto logo esgotou.

Nessa época, vivia-se um tempo de perseguições e de cen­sura pelo regime militar e a mú­sica Comportamento Geral foi proibida em todo o país. Gonza­guinha foi levado ao Dops para prestar esclarecimentos. Mes­mo com a perseguição e várias músicas censuradas, Gonzagui­nha gravou “Luiz Gonzaga Jr.” (1974), “Plano de voo” (1975) e “Começaria tudo outra vez” (1976). Esse último disco re­presentou uma virada em sua carreira. A música título foi um grande sucesso, e a partir daí suas músicas se tornaram mais românticas, mesmo sem aban­donar as preocupações sociais.

Em 1979, na voz de Maria Betânia, o compositor estou­rava no mercado musical com “Não dá mais para segurar”, que ficou conhecida como “Ex­plode coração”. Durante a déca­da de 80, com suas canções be­líssimas, Gonzaguinha foi um dos compositores mais requi­sitados do mercado brasileiro. Teve suas músicas gravadas por Elis Regina (“Eu apenas queria que você soubesse”), Agnaldo Timóteo (“Grito de alerta”) e Simone (“Começaria tudo ou­tra vez” e “Sangrando”). Entre outros sucessos do compositor destacam-se “Nada será como antes” (1981) e “Lindo lago do amor” (1984).

Em 1981, Gonzaguinha iniciou uma turnê pelo país ao lado de Luiz Gonzaga, com o show “Vida de viajante”, o que selou o reencontro dos dois. Faleceu em Renascença, Paraná, no dia 29 de abril de 1991, após sofrer um acidente de carro na rodovia.

O espetáculo “Refazendo Gonzaguinha” integra o pro­jeto Território Sesi-SP de Arte e Cultura, que tem o objetivo de incentivar e difundir a pro­dução artística regional. O Se­si-RP fica na rua Dom Luiz do Amaral Mousinho nº 3.465, no Jardim Castelo Branco, na Zona Leste.Os ingressos podem ser reservados gratuitamente pelo sistema Meu Sesi (www.sesisp. org.br/meu-sesi) e deverão ser retirados na portaria com uma hora de antecedência. Informa­ções pelo telefone (16) 3603- 7327. O local tem capacidade para receber 500 pessoas. A

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