A ESPOSA
Finalmente o talento da veterana Glenn Close foi reconhecido com sua premiação com o Globo de Ouro deste ano como melhor atriz pela sua atuação neste drama dirigido pelo sueco Björn Runge. Com seis indicações para o Oscar e sempre amargando uma derrota, ela provavelmente poderá quebrar esta série e também receber a tão esperada estatueta. A história é baseada no livro de Meg Wolitzer sobre Joan Castleman (Glenn Close), dedicada esposa do escritor Joe Castleman (Jonathan Pryce) prestes a receber o tão almejado prêmio Nobel de literatura.
Joan viaja com o esposo para Estocolmo onde receberá o prêmio e durante a viagem começa a questionar sua vida ao lado dele. Durante os quarentas anos de casamento ela sempre viveu a sombra do marido controlador, deixando de lado seus desejos, até mesmo seus talentos literários, para apoiá-lo em sua carreira de escritor.
Nesta trajetória, a trama também vai mostrando a realidade deste casal tipo perfeito e, para que se entenda o que está acontecendo, é mostrado o início relacionamento dos dois na juventude através de flashbacks. Joan também é assediada por um reporte sensacionalista ansioso por escrever uma biografia escandalosa de Joe. Segredos há muito tempo enterrados, finalmente são desvendados e Joan vai tomar a mais difícil decisão em sua vida. Com uma boa reviravolta e um bom toque de suspense, o roteiro mostra que muitas vezes o papel da esposa é muito mais que cuidar de casa e do marido. Mas, o melhor de tudo, é a oportunidade para o público poder assistir as atuações de dois grandes atores veteranos, principalmente sensacional atuação de Glenn Close. Só isto vale o espetáculo. Completam o elenco Max Irons e Christian Slater.
