23 C
Ribeirão Preto
29 de março de 2024 | 2:25
Jornal Tribuna Ribeirão
Início » Sobe para sete o número de mortos
Geral

Sobe para sete o número de mortos

O Corpo de Bombeiros do Ceará confirmou nesta sexta­-feira, 18 de outubro, a sétima morte da queda do prédio re­sidencial que desabou em For­taleza. Trata-se de Vicente de Paulo Menezes, de 86 anos. Seu corpo foi retirado ontem e, só após identificado, a imprensa foi informada. A confirmação foi trazida pelo comandante­-geral do Corpo de Bombeiros do Ceará, coronel Luís Eduar­do Soares de Holanda.

O Edifício Andrea desabou na manhã de terça-feira (15), por volta das 10h30. Localizado no cruzamento da rua Tibúrcio Cavalcante com a Tomás Acioli, no bairro Dionísio Torres, as in­formações são de que o imóvel vinha passando por obras. De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, duas pes­soas ainda estão sendo procura­das nos escombros.

“São duas as vítimas que a gente procura. Desde o início da operação, a gente trabalha por vítimas reclamadas. Continua o mesmo poder operacional, o mesmo número de bombeiros, todos os equipamentos, todo o apoio da comunidade, do go­verno do estado e da prefeitura”, disse Holanda em entrevista co­letiva no local do acidente.

Segundo o comandante, os cães farejadores são utilizados e percorrem o que ele chamou de “pontos quentes”, locais onde há maior probabilidade de haver vítimas. Os bombei­ros trabalham com dois “pon­tos quentes” e esperam resga­tar as vítimas restantes ainda com vida, apesar da grande quantidade de dias já passados.

“O tempo não é mais favorá­vel, quanto mais o tempo passa é óbvio que a chance de encontrar sobreviventes vai diminuindo, mas isso não tira a nossa es­perança de ter sobreviventes”. Além de Vicente de Paulo, tam­bém morreram na tragédia Ro­sane Marques de Menezes (56 anos), Frederick Santana dos Santos (30 anos), Izaura Mar­ques Menezes (81 anos), Antô­nio Gildásio Holanda Silveira (60 anos), Nayara Pinho Silveira (31 anos) e Maria da Penha Be­zerril Cavalcante (81 anos).

Um vídeo do circuito de câmeras de segurança do Edi­fício Andréa mostra operários usando marretas para quebrar colunas próximas à entrada do prédio às 10h08, cerca de 20 minutos antes do desabamen­to. Cinco pessoas aparecem na gravação, entre elas o enge­nheiro José Andreson Gonza­ga dos Santos e a síndica Maria das Graças Rodrigues, de 53 anos, uma das desaparecidas. Santos e outros operários esca­param com vida.

As imagens mostram peda­ços de concreto se soltando dois minutos antes da tragédia, que aconteceu na manhã terça-feira (15), e deixou, até o momento, sete mortos e dois desapareci­dos. Um dia antes de desabar, o Edifício Andréa entrou em reforma, conforme Anotação de Responsabilidade Técnica emitida pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea-CE).

Orçada em R$ 22 mil, a obra previa recuperação de pilares e vigas e pintura do prédio. A re­forma era realizada pela Alpha Engenharia, empresa ligada a Santos. Em depoimento à Polí­cia Civil, divulgado pelo Sistema Verdes Mares, o proprietário afirmou que obras começaram apenas no dia 15, data do aci­dente. A Secretaria da Segu­rança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS) do Ceará afirmou que não divulgaria informações sobre a investiga­ção. Moradores relatam que o edifício apresentava situação precária há anos.

Mais notícias