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20 de abril de 2024 | 2:03
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SP reduz ICMS da gasolina para 18%

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), anun­ciou nesta segunda-feira, 27 de junho, que o Estado está apli­cando imediatamente a redução da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina de 25% para 18%, após o presiden­te Jair Bolsonaro (PL) sancionar, na quinta-feira (24), o teto na cobrança do imposto estadual sobre os combustíveis.

Ao criticar o veto presiden­cial à compensação financeira dos Estados, Garcia informou que a redução do tributo nas vendas do combustível repre­senta uma perda de arrecada­ção, em base anualizada, de R$ 4,4 bilhões, o que vai compro­meter investimentos do Estado em áreas estratégicas, incluindo saúde e educação.

Durante o anúncio em en­trevista coletiva ao lado do se­cretário estadual da Fazenda, Felipe Salto, no Palácio dos Ban­deirantes, Garcia disse que a ex­pectativa é de uma queda de R$ 0,48, para abaixo de R$ 6,50, do preço da gasolina na bomba dos postos paulistas, considerando o valor médio de R$ 6,97.

A redução é imediata e se­gue a nova legislação federal. A Secretaria da Fazenda e Plane­jamento (Sefaz-SP) publicou no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira um informativo para acatar, com efeitos retroati­vos ao dia 23 de junho, a lei com­plementar nº 194/22.

“Apesar da decisão de São Paulo para ajudar na redução do preço da gasolina, não po­demos camuflar a realidade: o ICMS não é e nunca foi o vilão do preço de combustível no país. A política de preço é da Petrobras”, destacou Garcia.

O governador também anunciou que a Fundação Pro­con de São Paulo (Procon-SP) irá divulgar os preços médios dos combustíveis antes da re­dução do ICMS.

Assim, o consumidor po­derá saber se a medida refle­tiu na redução dos preços nas bombas. De acordo com o secretário Felipe Salto, em ter­mos anualizados, São Paulo já colabora com R$ 4,4 bilhões, para segurar o preço da gasoli­na. No diesel, são R$ 1,1 bilhão.

A esse custo somam-se as perdas referentes aos itens ener­gia e telecomunicações, de R$ 9,3 bilhões anualizados, e do gás de cozinha (GLP), R$ 500 mi­lhões. Assim, estima-se a contri­buição total de São Paulo em R$ 15,2 bilhões. Salto observa que a contínua elevação dos preços do petróleo e os repasses da Petro­bras devem corroer esses ganhos eventuais dos consumidores.

“De todo modo, São Pau­lo congelou o ICMS embutido na gasolina em R$ 1,50 desde novembro de 2021. Hoje, o im­posto estaria em R$ 1,74 sem o congelamento. Com a redução anunciada agora, ele pode ir a R$ 1,26 em 1º de julho. Assim, já são R$ 0,48 centavos de cola­boração à redução do preço na bomba”, explica o secretário da Fazenda e Planejamento.

Ocorre que, para esse efei­to ser sentido, duas condições alheias ao controle do governo do Estado deveriam ser garan­tidas: o repasse da redução do imposto na bomba; e o não re­ajuste de preço pela Petrobras, a partir de uma conta de esta­bilização do preço do petróleo, que foi aprovada no Senado e tramita na Câmara.

Em dinheiro, o governo de São Paulo já contribui com R$ 360 milhões ao mês, isto é, algo como R$ 2,2 bilhões/semestre ou R$ 4,4 bilhões em termos anualizados. O informativo da Sefaz-SP também reduz de 25% para 18% operações com ener­gia elétrica, em relação à conta residencial que apresente consu­mo mensal acima de 200 kWh, e de serviços de comunicação.

O governador de São Paulo ressaltou que, apesar de implan­tar desde já o limite máximo do imposto para aliviar a inflação que pesa na renda das famílias, o ICMS nunca foi o vilão do preço dos combustíveis, mas sim a política de preços da Pe­trobras, que é nacional.

Garcia voltou a defender as compensações federais como melhor caminho para que o teto do ICMS não comprometa o in­vestimento público dos Estados. O chefe do Executivo paulista observou que, do total de R$ 4,4 bilhões que São Paulo deixa de arrecadar, 30% iriam para edu­cação e 12% para a saúde.

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