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28 de março de 2024 | 19:38
Jornal Tribuna Ribeirão
MARCELO CAMARGO/AG.BR.
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Saúde

SP tem mais duas mortes por sarampo

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confir­mou na quarta-feira, 25 de se­tembro, mais duas mortes por sarampo na capital paulista. Com isso, já são cinco as víti­mas da doença no Estado de São Paulo neste ano. Os óbitos de 2019 são os primeiros após 22 anos sem registros do tipo. As vítimas são uma mulher de 31 anos sem histórico de va­cinação e um bebê de 26 dias, que, por causa da pouca idade, ainda não podia ser imunizado contra a doença.

Anteriormente, já haviam sido confirmadas duas mortes na capital e uma em Osasco, na Grande São Paulo. Ainda de acordo com a Secretaria da Saúde, já são 5.139 casos da doença confirmados no Es­tado, dos quais 2.897 (56,3%) ocorreram na capital, a cidade mais afetada. Diante do cená­rio, a Secretaria da Saúde res­saltou a necessidade de vacina­ção de todas as pessoas ainda não imunizadas. O Programa Estadual de Imunização prevê que crianças e adultos, com idades entre um e 29 anos, tomem duas doses da vacina contra o sarampo.

Acima desta faixa e até 59 anos, é preciso ter uma dose. Não há indicação de vacina­ção para pessoas com mais de 60 anos pois esse público provavelmente teve contato com o vírus no passado. Ex­cepcionalmente por causa do surto, bebês entre seis meses e um ano também estão sen­do vacinados com uma dose. Essa aplicação, no entanto, não será registrada na caderneta de vacinação. Todos os bebês de­verão voltar aos postos aos 12 e aos 15 meses para tomar as duas doses de rotina.

A pasta recomenda ainda que pais de crianças com idade inferior a 6 meses evitem ex­posição a aglomerações, man­tenham higienização e venti­lação adequadas de ambientes e procurem imediatamente um serviço de saúde diante de qualquer sintoma da doença, como manchas vermelhas pelo corpo, febre, coriza, conjunti­vite e manchas brancas na mu­cosa bucal.

Em 4 de setembro, a Se­cretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou mais 14 ca­sos de sarampo que estavam sendo investigados em Ri­beirão Preto, todos referentes ao mês de agosto. A cidade já soma 20 ocorrências da do­ença neste ano – as outras seis foram constatadas em julho (cinco) e junho (uma). Atual­mente, outras 139 suspeitas de infecção estão sob investigação na cidade.

Em 2018, Ribeirão Preto registrou um caso não autóc­tone (importado) no mês de abril, depois de dez anos sem nenhuma ocorrência. A cidade conta atualmente com 36 salas de vacinas que permanecem abertas de segunda a sexta-fei­ra – os horários de atendimen­to são variados, de acordo com o funcionamento de cada uni­dade de saúde.

O Brasil registrou 4.507 casos confirmados de saram­po em 19 estados, nos últimos 90 dias. Isso é o que revela o novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Ago­ra, o Ceará e a Paraíba pas­sam a fazer parte da lista de estados com transmissão ati­va da doença. Apesar disso, mais de 97% dos casos foram registros em 168 municípios de São Paulo.

Para combater a doença, o Ministério da Saúde aumen­tou o número de doses com­pradas da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, para 2019 e 2020, passando de 30 mi­lhões para mais de 65 milhões de doses. Isso representa a maior distribuição de tríplice viral feita pelo Brasil nos últi­mos dez anos. O secretário de Vigilância em Saúde, Wander­son Kléber, explica como fun­ciona a estratégia de distribui­ção dessas vacinas.

“Nós temos uma vacina­ção chamada ‘vacina de ro­tina’ que adora estão sendo mantidas. Desde o início a gente tem mantido as doses de rotina. A ‘extra rotina’ nós enviamos doses adicionais justamente para a campa­nha. Então para cada Estado, de acordo com o número de suscetíveis ou de pessoas que baseado nos estudos necessi­tam de vacinação, nós temos mandado doses adicionais”.

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