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18 de abril de 2024 | 6:03
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Valter Campanato/Agência Brasil
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Economia

Tabela do frete sobe até 2,51%

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-fei­ra, 19 de janeiro, uma nova tabela com preços mínimos de frete rodoviário. De acor­do com a agência reguladora, as alterações vão resultar em um aumento médio que varia de 2,34% a 2,51%, conforme o tipo de carga e operação.

O reajuste considera o Índice Nacional de Preços ao Consu­midor Amplo (IPCA), inflação oficial do país medida pelo Ins­tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a atualiza­ção do preço do diesel. Os novos valores foram aprovados pela diretoria da agência reguladora na segunda-feira (18).

Os impactos médios os­cilam de aumentos de 2,34%, para operações de alto desem­penho com contratação so­mente de veículos automotor de cargas, a 2,51% para opera­ções de carga lotação. Pela legis­lação, o órgão precisa atualizar os preços a cada seis meses, em janeiro e julho de cada ano.

A tabela do frete foi criada pelo ex-presidente Michel Te­mer durante a greve dos cami­nhoneiros em 2018. Uma das reivindicações da categoria, a medida foi implementada pelo governo dentro do conjunto de ações para pôr fim à paralisa­ção. O aumento se dá em meio a uma movimentação de um gru­po de caminhoneiros por uma nova greve em fevereiro.

Na tentativa de agradar a categoria e evitar uma nova paralisação, o presidente Jair Bolsonaro atendeu a um dos pleitos e anunciou que vai ze­rar a tarifa de importação de pneus. O imposto de importa­ção do produto vai cair de 16% para zero. O pneu é o segundo item mais caro no custo de ma­nutenção do caminhão.

O presidente da Associação Brasileira de Condutores de Ve­ículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, diz que ainda está conversando com os represen­tantes da categoria nos Estados sobre a possibilidade de parali­sação em 1º de fevereiro e que a associação deve ter uma posição definida na sexta-feira (22).

Ele considera insuficiente o reajuste do piso mínimo do frete. “Colocaram só em 2,51% de reajuste, isso é brincar com a categoria, é chamar a gente de palhaço”, diz. “A gente que­ria saber onde que a ANTT ar­rumou esse cálculo de 2,51%; não fizeram a pesquisa no mercado para saber quanto está o preço do pneu, dos insu­mos para o caminhão.”

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