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19 de abril de 2024 | 21:54
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Política

Temer decidiu, a princípio, não recorrer, diz Marun

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, anun­ciou que o presidente da República, Michel Temer, não vai recorrer da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso que determinou a quebra do seu sigilo bancário em razão do inquérito que investiga irregula­ridades na elaboração da Medida Provisória 595, conhecida como a MP dos Portos. “A decisão de não recorrer é para que o recurso não sirva de munição à hipocrisia dos adversários”, declarou Marun em entrevista no Planalto, reiterando que a decisão de Barroso eviden­cia caráter abusivo e absurdo. “Nós entendemos que quem tomou a decisão, a tomou de forma abusiva e desnecessária, haja vista a fragi­lidade do inquérito, que não possui base fática”, declarou Marun, sem citar o nome do ministro Barroso.

Depois de se queixar do tempo determinado para a quebra de sigilo bancário de Temer, compreendendo entre 2013 e 2017, o ministro Ma­run lembrou que a MP dos Portos é de 2016/2017. “A outra questão que nos preocupa também é que, a princípio, a Procuradoria Geral da República não solicitou essa quebra de sigilo bancário. Foi decisão judi­cial, sem que houvesse pedido para tanto”, desabafou Marun, justifi­cando que, no seu entender, como advogado, “não há nada que justi­fique a decisão tomada, sem que fosse adotado o mínimo espírito de cautela, em relação ao Presidente da República, o que caracteriza, no nosso entender, numa atitude que evidencia caráter abusivo e até ab­surdo na decisão tomada”.

Para ele, a situação é tão ab­surda que “é sabido que as ques­tões que envolvem o tal decreto dos portos são de 2017 e 2016 e se rompe o sigilo bancário do pre­sidente desde 2013”.

Marun informou que, tão logo o Banco Central repasse os extra­tos para o presidente Temer, ele os disponibilizará para a impren­sa, para dar publicidade à popula­ção. Mas não disse quando isso acontecerá. “Depende do recebi­mento e aí é uma das situações que fazem que nós entendamos que a decisão é abusiva.”

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