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19 de abril de 2024 | 9:58
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TST determina o fim da greve dos Correios

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou o fim da greve dos funcioná­rios dos Correios e o retor­no ao trabalho a partir desta terça-feira, 22 de setembro. Na tarde desta segunda-feira (21), a corte julgou o dissídio do movimento dos trabalha­dores da estatal, que estão parados desde 17 de agos­to, diante das discussões do novo acordo coletivo.

Por maioria de votos, os ministros da Seção de Dissí­dios Coletivos consideraram que a greve não foi abusiva. No entanto, haverá desconto de metade dos dias parados e o restante deverá ser com­pensado. Além disso, somen­te 20 cláusulas que estavam previstas no acordo anterior deverão prevalecer. O reajus­te de 2,6% previsto em uma das cláusulas foi mantido.

Segundo a Federação Na­cional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Si­milares (Fentect), a greve foi deflagrada em protesto contra a proposta de privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas. Se­gundo a entidade, foram reti­radas 70 cláusulas de direitos em relação ao acordo anterior, como questões envolvendo adicional de risco, licença­-maternidade, indenização por morte, auxílio-creche, en­tre outros benefícios.

Durante a audiência, os advogados dos sindicatos afir­maram que a empresa não está passando por dificuldades financeiras e que a estatal atua para retirar direitos conquista­dos pela categoria, inclusive os sociais, que não têm impacto financeiro. Os representantes dos Correios no julgamento afirmaram que a manutenção das cláusulas do acordo ante­rior podem ter impacto negati­vo de R$ 294 milhões nas con­tas da empresa.

Dessa forma, a estatal não tem como suportar essas des­pesas porque teve seu caixa afetado pela pandemia. A em­presa também sustentou que não pode cumprir cláusulas de acordos que expiraram, sob forma de “conquista histórica” da categoria. No dia 11, cerca de 300 trabalhadores da Em­presa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) fizeram uma manifestação na Esplanada do Theatro Pedro II, no Quartei­rão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto.

Eles reivindicavam a ma­nutenção dos direitos traba­lhistas conquistados ao longo dos últimos anos. O ato foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios na Região de Ribeirão Preto (Sintect-RPO). A entidade diz que a ECT tem dois mil fun­cionários em 92 cidades da região – 1.500 carteiros

Segundo a ECT, Ribeirão Preto conta atualmente com 17 unidades dos Correios (entre agências, centros de distribui­ção e de tratamento e unidades administrativas) e cerca de 570 empregados – são aproximada­mente 400 carteiros. A empresa informa que diariamente são entregues aproximadamente 150 mil correspondências no município.

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