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28 de março de 2024 | 15:13
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Economia

Varejo deve crescer com Black Friday

Um dos momentos mais im­portantes para o varejo, a Black Friday deverá ser o motor do se­tor em novembro. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) prevê aumento de até 3% nas vendas do co­mércio varejista em relação ao mesmo período do ano passa­do – puxado, principalmente, por supermercados e materiais de construção.

Para a data específica, a expectativa é que a demanda por eletroeletrônicos também tenha um desempenho me­lhor do que o do ano passado. A Black Friday, que acontecerá no dia 27 de novembro, tam­bém servirá como um termô­metro para as compras de Na­tal – que, segundo a Federação, também devem registrar cres­cimento em 2020.

Caso as previsões se confir­mem, o varejo terminará o ano com uma queda de 3%, um ce­nário melhor do que o previsto no início da pandemia de co­vid-19. No entanto, se por um lado a Black Friday tem poten­cial de marcar o início da reto­mada econômica após um ano adverso, por outro, a abertura gradativa dos estabelecimentos não será suficiente para recupe­rar as perdas do setor em 2020.

O grau de incertezas em rela­ção à economia ainda é grande, principalmente em relação às variáveis de emprego e renda. Planos de fidelização de clien­tes e descontos em produtos, que costumam ser as principais ações do varejo para a data, ago­ra devem ser postas em prática, considerando um cenário de au­mento do desemprego e redução paralela na renda – e, mesmo, na confiança dos consumidores.

Para a FecomercioSP, os empresários até podem reduzir despesas para oferecer preços mais baixos na Black Friday, mas devem tomar cuidado para não comprometer as margens de lucro. Isso significa dizer que, para ter um bom resultado ao fim do mês, eles devem ir às contas: mensurar custos, checar o estoque antecipadamente e planejar a gestão de fornecedo­res para, só então, estipular os descontos que podem oferecer.

Caso contrário, corre-se o risco de vender a preços muito baixos para atrair a demanda da Black Friday e contabilizar pre­juízos depois que a data passar. Para o varejo físico, uma saída pode ser negociar preços com a cadeia de suprimentos já em outubro, especialmente dos produtos que ficaram encalha­dos ao longo do ano.

Já para o e-commerce, a dica é que os varejistas se mantenham atentos ao fluxo do estoque, ga­rantindo que os consumidores recebam os produtos dentro do prazo. Conceder descontos aos produtos que estão parados ou com baixo giro, hoje, é a prin­cipal estratégia para lucrar na data, orienta a assessoria técni­ca da entidade.

A análise dos custos também deve ser feita para levar em conta outra prática comum nessa épo­ca do ano: o frete grátis. Em um período no qual muitos varejis­tas tiveram dificuldades no fluxo de caixa, assumir esse custo para vender mais pode significar, no fim, perdas substanciais.

É importante ainda, prin­cipalmente para o varejo físico, que os protocolos sanitários em meio à pandemia continuem sendo praticados, como limita­ção no fluxo de pessoas, medi­ção de temperatura e disponi­bilização de álcool em gel. No caso do e-commerce, medidas como atendimento agendado e serviço de entrega em esquema drive-thru também devem per­manecer durante a Black Friday.

Para as pequenas empresas do setor, enfim, esta Black Fri­day pode oferecer mais opor­tunidades do que desafios: com mais gente em casa, a tendência é a demanda também se dire­cionar para comércios locais. No entanto, eles só terão boas vendas se adotarem estratégias de proximidade com os (novos) clientes: promoções, brindes e mesmo a forma de se comuni­car nas redes sociais, desde já, podem fazer toda a diferença.

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