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19 de abril de 2024 | 2:27
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Economia

Varejo registra terceira alta seguida

Em ritmo de recuperação, as vendas nas lojas de Ribeirão Pre­to cresceram pelo terceiro mês consecutivo, aponta levanta­mento do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV) mantido pelo Sindicato do Comércio Vare­jista de Ribeirão e Região (Sin­covarp) – atende 43 cidades – e pela Câmara de Dirigentes Lo­jistas (CDL RP). Segundo a pes­quisa, em agosto a alta média foi de 12,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Em julho, a variação positiva foi de 2,88%, e, em junho, o cres­cimento foi de 4,83%. A alta de agosto foi puxada pelas vendas do Dia dos Pais, a primeira data comemorativa entre as mais im­portantes para o setor em que as lojas puderam atender o público com mais de 40% da capacidade (80%, o dobro) e com horário estendido até a meia-noite.

Segundo estimativa do CPV à época, o consumidor ribeirão­-pretano deveria gastar 25% a mais na compra do presente dos Dia dos Pais, celebrado em 8 de agosto. A previsão de alta teve por base o aumento generaliza­do de preços desencadeado pela crise de covid-19. O comércio de Ribeirão Preto projetava au­mento de vendas entre 4% e 6%, em comparação com o mesmo período de 2020. O tíquete mé­dio era estimado em R$ 200.

“Com a vacinação mais a recuperação dos empregos e da renda, aos poucos os con­sumidores estão voltando às compras”, diz Diego Gali Al­berto, pesquisador e coordena­dor do CPV. “Enquanto mui­tos ainda estão cautelosos por conta do endividamento, ou­tros estão segurando um pou­co mais os gastos agora para poder comprar presentes me­lhores no fim do ano”, analisa.

Emprego
Em agosto, a média de varia­ção entre vagas abertas e fecha­das teve aumento de 0,59% em relação ao mês anterior. Con­siderando a margem de erro da pesquisa, o resultado reflete uma manutenção da estabili­dade já verificada nos meses de julho e junho, com projeção de aumento nas contratações para o fim do ano.

O último trimestre de 2021 promete trazer alento para inú­meros desempregados brasilei­ros. Devido às datas sazonais como Dia das Crianças, Black Friday e Natal, a geração de va­gas formais por meio do traba­lho temporário – no formato da lei federal número 6.019/74 e do decreto nº 10.060/2019 – deve crescer cerca de 20% com relação ao mesmo período de 2020, segundo previsão da As­sociação Brasileira do Traba­lho Temporário (Asserttem).

A entidade aponta que nos meses de outubro, novembro e dezembro devem ser dispo­nibilizadas mais de 565 mil vagas temporárias, diante das 471.300 vagas de 2020. “Trata­-se de uma projeção cautelosa devido à insegurança econô­mica que as empresas ainda enfrentam por causa da pan­demia da covid-19”, afirma o presidente da Asserttem, Mar­cos de Abreu.

Segundo a Asserttem, 60% das contratações temporárias deste último trimestre serão impulsionadas pela indústria (339 mil), seguido de 25% do setor de serviços (141,3 mil) e 15% pelo comércio (84,7 mil). “Apesar da reabertura, o comér­cio segue cauteloso com relação às contratações. Porém, ainda há uma oportunidade de alta, visto que o setor que está desa­bastecido de trabalhadores de­vido à pandemia”, frisa Abreu.

Índice de Confiança
A pesquisa também per­guntou aos lojistas sobre qual seria a expectativa para o futuro dos negócios até o fim de 2021, portanto, no curto prazo. Numa escala de 1 a 5, em que 1 signifi­ca “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança Sincovarp/CDL ficou em 3.18, considerado intermediário. Em julho, o indicador foi de 3.5, e, em junho, de 3.8.

“Embora as vendas apre­sentem recuperação, ainda paira uma insegurança prin­cipalmente pelo clima de in­certeza política somado ao aumento de preços resultante da crise socioeconômica de­sencadeada pela pandemia de covid-19. São fatores que de alguma forma ‘contaminam’ a expectativa dos empresários que lutam para que a retomada seja cada vez mais rápida”, con­clui o pesquisador.

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