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28 de março de 2024 | 15:44
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‘Varíola ’já fez 7 vítimas em RP

A Secretaria Municipal da Saúde anunciou nesta sexta­-feira, 29 de julho, mais três casos de varíola dos macacos (monkeypox) em Ribeirão Preto, que agora soma sete ocorrências – já são nove na região metropolitana, as outras duas são de Sertãozinho.

Até o momento, todos os pacientes apresentam quadro clínico sem sinais de agrava­mento da doença. Seis ainda seguem em monitoramento. To­dos os pacientes foram manti­dos em isolamento domiciliar e seus comunicantes permane­cem em monitoramento.

Homens jovens
São todos do sexo mascu­lino, adultos jovens. Apenas três dos sete infectados têm histórico de viagem, sinal de que a cidade já pode ter trans­missão comunitária do vírus hMPXV (sigla para Human Monkeypox Virus). Ou seja, quando não há mais como identificar o local onde a pes­soa foi infectada – indício de que o vírus já circula entre as pessoas da localidade.

O critério de confirmação dos casos foi laboratorial e todos os exames foram rea­lizados pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, segun­do nota da pasta distribuída à imprensa nesta sexta-feira. No dia 13, o secretário mu­nicipal da Saúde, José Carlos Moura, anunciou os dois pri­meiros casos da varíola dos macacos em Ribeirão Preto. Os pacientes viajaram para a Europa e São Paulo.

Adolfo Lutz
Os três testes foram feitos pelo Instituto Adolfo Lutz, que confirmou a infecção pelo ví­rus monkeypox. A primeira suspeita começou a ser inves­tigada no dia 8 e a outra em 11 de julho. O monitoramento abrange também os contactan­tes – familiares, amigos e cole­gas de trabalho.

Seis dos sete pacientes per­manecem em isolamento du­rante o período de incubação do vírus, que é de 21 dias. As pessoas com sintomas da do­ença devem procurar os pos­tos de saúde. Os infectados só podem sair de casa sob orien­tação médica.

Neste caso, o uso de másca­ra é recomendável para evitar a transmissão do vírus. Segundo a Secretaria de Saúde do Esta­do, “todos os pacientes estão com boa evolução do quadro e são acompanhados pelas vi­gilâncias epidemiológicas dos seus respectivos municípios, com o apoio do Estado”.

A transmissão entre hu­manos ocorre principalmente por meio de contato próximo/ íntimo com lesões de pele de pessoas infectadas, como por exemplo abraço, beijo, massa­gens, relações sexuais ou se­creções respiratórias. Também poderá ocorrer por meio de secreções em objetos, tecidos (roupas, toalhas, roupas de cama). A transmissão através das gotículas usualmente re­quer contato mais próximo en­tre o paciente e outras pessoas.

Estado
De acordo com a pasta, já são 818 casos de varío­la de macacos no estado de São Paulo, 672 na capital. O Ministério da Saúde diz que são 970. Entre eles estão três crianças, duas de 6 anos e uma de 4 anos, todas paulis­tanas, e outros três adoles­centes, dois de 14 anos e um de 13 anos, dois da cidade de São Paulo e um de Osasco.

OMS
A varíola dos macacos foi declarada emergência de saúde pública de interesse in­ternacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no sábado (23). A decisão foi to­mada baseado no aumento de casos em vários países, o que aumenta o risco de uma disse­minação internacional.

Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghe­breyesus informou que já fo­ram reportados mais de 18 mil casos da doença, em 78 países diferentes pelo mundo. Mais de 70% dos casos da doença foram registrados na Euro­pa, e 25% nas Américas. Até agora, houve cinco mortes re­portadas, e cerca de 10% dos pacientes tiveram de ser in­ternados, para tratar das do­res provocadas pela doença.

Sintomas
Os primeiros sintomas po­dem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele (erupções), geralmente na boca, pés, mãos, peito, rosto e ou regiões genitais.

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