O bilionário Elon Musk, CEO da Tesla, disse nesta sexta-feira, 13 de maio, que o acordo de compra do Twitter está “temporariamente suspenso”, levando a ação da empresa de mídia social a despencar nos negócios do pré-mercado em Nova York.
“O acordo do Twitter está temporariamente suspenso, à espera de detalhes que sustentem o cálculo de que contas falsas e de spam representam de fato menos de 5% dos usuários”, afirmou Musk, em sua conta oficial no Twitter. No mês passado, ele fechou um acordo para adquirir a plataforma, da qual já tem cerca de 9% das ações.
A transação está avaliada em US$ 44 bilhões e Musk procura investidores. Até ontem, havia obtido US$ 7 bilhões. Às 9h05 (de Brasília), a ação do Twitter sofria um tombo de 10,07% no pré-mercado da Bolsa de Nova York. Em seguida, Musk assegurou que ainda pretende comprar a plataforma. “Ainda estou comprometido com a aquisição”, escreveu, em publicação na rede social.
O passarinho azul ainda não entrou oficialmente na gaiola do homem mais rico do mundo. Em 25 de abril, a rede social aceitou a oferta do bilionário Elon Musk, com cada ação avaliada a US$ 54,20. Segundo o comunicado do Twitter, o conselho da empresa aprovou por unanimidade a compra, que será concluída ao longo de 2022.
Ao final, a empresa terá o seu capital fechado, tornando-se uma empresa privada. De acordo com Bret Taylor, presidente do conselho independente do Twitter, um dos pontos considerados para a venda da empresa foi o impacto nas ações para os acionistas.
“O conselho do Twitter conduziu um processo cuidadoso e abrangente para avaliar a proposta de Elon com foco deliberado em valor, certeza e financiamento”, disse. “A transação proposta proporcionará um prêmio em dinheiro substancial e acreditamos que é o melhor caminho a seguir para os acionistas do Twitter.”
“Liberdade de expressão é o seio de qualquer democracia funcional, e o Twitter é a praça digital em que tudo que importa para a humanidade é debatido”, disse Musk. O plano do homem mais rico do mundo para comprar a rede social, de acordo com o jornal New York Times, envolveria o desembolso de aproximadamente US$ 21 bilhões da sua própria fortuna.
Ainda prevê cartas de compromisso do banco Morgan Stanley e de um grupo de credores avaliados em cerca de US$ 13 bilhões, além de outros US$ 12 bilhões provenientes de empréstimos a partir de ações do próprio Musk na Tesla, montadora de carros elétricos da qual ele é dono.