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19 de abril de 2024 | 22:17
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Voluntariado Digital, solidariedade na ponta dos dedos

O voluntariado surge da motivação e escolha pessoal, estimula o envolvimento comunitário e a cidadania ativa. Existem vários motivos para alguém se engajar no serviço voluntário, identificamos algumas: o religioso, onde a crença desperta o compromisso da ajuda ao próximo; o preenchi­mento do tempo, onde se busca ocupar as horas livres com o oferecimento de ajuda ou pela experiência de vida e forma­ção profissional; o fortalecimento da cidadania ao devolver à sociedade parte do que recebeu e o desenvolvimento pessoal, pois o auxílio ao necessitado traz um crescimento e uma satisfação que o trabalho remunerado jamais proporcionará.

O voluntariado pode ser exercido em grupos ou organiza­ções, assim acostumamos com as mobilizações realizadas por grandes entidades globais como Rotary, Lions, ActionAid, Greenpeace, ONU e Cruz Vermelha, além das nacionais entre as quais, CUFA, Teto, Cáritas Brasil e Vicentinos. A cada dia se espalham pelo país iniciativas relevantes realizadas por inúmeras outras que acolhem as mais variadas demandas e certamente em nossa cidade, bairro ou vizinhança existe uma entidade precisando da nossa participação.

Realizar visitas em hospitais e asilos, contar histórias para crianças, ministrar aulas de reforço escolar, recolher e dis­tribuir livros, roupas e alimentos, participar do preparo de refeições, são inúmeras as formas tradicionais de participar pessoalmente de ações de voluntariado. Agora o mundo contemporâneo trouxe novos desafios e demandas, assim as pessoas interessadas em fazer o bem também passaram a utilizar ferramentas tecnológicas para superá-los.

Com o surgimento da internet nasceu uma modalidade de voluntariado ágil e efetiva, conhecida por várias denomina­ções, entre as quais, cyber-voluntariado, voluntariado online,
voluntariado à distância, voluntariado digital ou voluntariado virtual. A primeira experiência conhecida foi um projeto onde os voluntários digitalizam, arquivam e distribuem obras literárias e culturais.

A rede mundial de computadores oportuniza a liberdade de o voluntário atuar sem estar preso a locais e horários espe­cíficos, flexibilidade que abre um leque de possibilidades.

Nos últimos dois anos diversos grupos se mobilizaram para amenizar os efeitos da pandemia e no ranking de maior engaja­mento do voluntariado brasileiro estão pela ordem: educação, combate à fome e à pobreza, meio ambiente e sustentabilidade, direitos humanos, violência contra a mulher, arte e cultura, saú­de e bem-estar e proteção animal. Embora o número de volun­tários tenha aumentado, os problemas parecem, ainda, maiores, sendo oportuna a sensibilização de novos adeptos.

Importante destacar exemplos positivos de empresas que começaram a preparar seus profissionais para a vivência de soluções criativas de apoio voluntário e imersão na cultura da mobilização social digital, disponibilizando treinamentos, técnicas, ferramentas e oportunidades para realização de iniciativas online em favor de grupos de pessoas e organizações sociais certificadas.

Há quem recorra a subterfúgios para não praticar o volun­tariado e pesquisas apontam que as principais justificativas são a falta de tempo, dificuldade em encontrar uma institui­ção interessante, causa ou público com que se identifique. O voluntariado digital possibilita superá-las, pois em poucos cli­ques podemos conhecer entidades sérias e causas relevantes que, por vezes, não necessitam de nossa presença física. Desta forma resta evidenciado que a oportunidade de servir está em nossas mãos, na ponta dos dedos.

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