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28 de março de 2024 | 10:55
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Zelensky confia em vitória da Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Vo­lodymyr Zelensky, divulgou um vídeo com discurso para a nação devastada pela guerra nesta se­gunda-feira, 9 de maio, marcan­do a derrota do nazismo alemão na Segunda Guerra Mundial, e prometendo que a Ucrânia terá em breve “dois Dias da Vitória”. “Nunca esqueceremos o que nossos ancestrais fizeram na Segunda Guerra Mundial, na qual mais de oito milhões de ucranianos morreram e um em cada cinco ucranianos não vol­tou para casa. No total, a guerra custou pelo menos 50 milhões de vidas”, disse.

Ele enfatizou que “em bre­ve haverá dois Dias da Vitória na Ucrânia”. “Nós vencemos na época e vamos vencer agora tam­bém”, disse ele, em referência à guerra da Rússia contra a Ucrâ­nia. O presidente da Rússia, Vla­dimir Putin, tentou caracterizar a campanha militar como uma “resposta forçada” pelas políticas do Ocidente e “necessária” para afastar uma possível agressão.

Putin, que discursou durante parada militar na Praça Verme­lha para marcar o Dia da Vitória contra os nazistas durante a Se­gunda Guerra Mundial, traçou paralelos entre os conflitos do Exército Vermelho contra tropas nazistas e a ação das forças russas na Ucrânia. Embora tenha criti­cado fortemente o Ocidente, Pu­tin não deu indicação de mudan­ça na estratégica ou de que fosse declarar uma ampla mobilização, como alguns na Ucrânia e em pa­íses ocidentais vinham temendo.

Teme-se que até 60 pessoas tenham sido mortas no bom­bardeio russo a uma escola de um vilarejo na região ucraniana de Luhansk, no leste do país. As forças russas também continu­aram bombardeando a siderúr­gica Azovstal, último reduto da resistência ucraniana nas ruínas da cidade portuária de Mariupol, no sudeste, onde soldados do re­gimento Azov prometeram con­tinuar lutando.

O governador de Luhansk, Serhiy Gaidai, disse que a escola em Bilohorivka, onde cerca de 90 pessoas estavam abrigadas, foi atingida no sábado (7) por uma bomba russa que deixou o prédio em chamas por quatro horas. “Trinta pessoas foram retiradas dos escombros, sete das quais ficaram feridas. Ses­senta pessoas podem ter mor­rido”, escreveu Gaidai no apli­cativo de mensagens Telegram, acrescentando que dois corpos foram encontrados.

A Ucrânia e seus aliados oci­dentais têm acusado as forças russas de mirar civis em meio à guerra, o que Moscou nega. Em Mariupol, o vice-comandante do regimento Azov implorou à comunidade internacional para ajudar a retirar os soldados feri­dos da extensa siderúrgica Azo­vstal. Em uma operação de uma semana de duração, mediada pe­las Nações Unidas e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), dezenas de civis que se refugiavam nos abrigos subterrâ­neos da usina têm sido retirados.

Zelensky disse no sábado que mais de 300 civis já foram resga­tados e as autoridades agora se concentrarão em tentar retirar os médicos e feridos. Outras fon­tes ucranianas têm mencionado números diferentes. Separatistas apoiados pela Rússia disseram que um total de 145 pessoas, in­cluindo 24 crianças, foram reti­radas de Mariupol no domingo para a vila de Bezimenne, cerca de 40 quilômetros a leste, na área que eles controlam.

Esse número se soma aos 182 retirados que chegaram a Bezi­menne no início da operação, de acordo com dados fornecidos pe­los separatistas. Eles disseram que aqueles que desejavam ir para áreas controladas pela Ucrânia foram entregues a representantes da ONU e do CICV.

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