Tribuna Ribeirão
Política

Gilmar Mendes diz que Lula não será candidato

A prisão do ex-presidente Lula com base na condenação por corrupção passiva e lava­gem de dinheiro imposta pelo TRF4 é “assunto encerrado” para o Supremo Tribunal Fe­deral, disse o ministro Gilmar Mendes em entrevista à Bloom­berg nesta quinta-feira. Para ele, o petista não tem condições de ser candidato neste ano.

“Discutimos esta questão do habeas corpus e dissemos que se­ria lícita a ordem de prisão em se­gunda instância. O pleno do STF já decidiu a matéria com relação ao caso Lula. Para nós, esse assun­to está encerrado”, disse o minis­tro em entrevista à Bloomberg na última quinta-feira à tarde, em seu gabinete no Supremo.

No dia anterior, Mendes vo­tou contra conceder liberdade a Lula em novo recurso da defesa do petista à Corte, assim como os ministros Luis Fachin, Dias To­ffoli e Ricardo Lewandowski. De posição contrária à prisão após julgamento em segunda instân­cia, Mendes disse que é preciso manter decisão colegiada: “Não cabe à parte brigar com o todo pela coerência jurídica. O cole­giado já disse que a prisão era le­gítima, não nos cabe mais discutir nesse caso específico do Lula.”

No seu entendimento, al­guma mudança eventualmente ocorrerá só a partir de julga­mento de mérito da decisão em recursos ao Superior Tribunal de Justiça ou ao STF. Com a condenação do TRF4, Mendes avalia que Lula está fora da dis­puta eleitoral deste ano.

“Enquanto houver vida, há es­perança, mas, para mim, a inele­gibilidade de Lula é aritmética: ele está condenado em segundo grau por crime contra a administração pública”, disse.

Segundo Mendes, o PT man­tém viva a expectativa de candi­datura do ex-presidente porque ele é um “ativo eleitoral significa­tivo” e fundamental para as nego­ciações eleitorais. “O PT não tem um plano B e a forma de galvani­zar apoios d apoios depende da candidatura de Lula. Há um es­forço para retardar o processo. A estratégia se entende, sobretudo, porque o PT está estraçalhado, mas ele não é e não será candida­to”, avaliou.

Sobre a rediscussão pelo ple­no do STF da manutenção da pri­são após o julgamento em segun­da instância, Mendes disse que não deverá ocorrer agora e que, talvez, o tema volte à pauta após o fim do mandato da ministra Cár­men Lúcia, em setembro. “Neste momento estamos nos voltando para outras questões e talvez na gestão da ministra Cármen Lúcia não se discuta mais. Não espere para agora esse debate”.

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