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Contas de 2018 já estão na Câmara

ALFREDO RISK/ARQUIVO

O parecer e o relatório refe­rentes às contas da administra­ção Duarte Nogueira (PSDB) do exercício de 2018 já estão na Câ­mara de Vereadores de Ribeirão Preto. Na última terça-feira, 10 de novembro, o Legislativo rece­beu o calhamaço com a contabi­lidade do segundo ano de man­dato da gestão tucana na cidade.

Em 1º de julho, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) também emitiu parecer favorável às contas do prefeito Duarte Nogueira refe­rentes ao exercício de 2018. En­tretanto, o relator do processo, o conselheiro Sidney Beraldo, fez ressalvas. Diz que houve defici­ências no planejamento, déficit orçamentário e falta de respaldo do superávit financeiro no ano anterior (2017).

Também cita ausência de limitação de gastos e de mo­vimentação financeira, e falta de recursos para o pagamen­to integral de dívidas de curto prazo. Beraldo considera que o município apresentou melhora no resultado econômico, como diminuição da dívida conso­lidada (anterior a doze meses) em 28%, cumpriu os acordos de parcelamento de débitos previdenciário e quitou os en­cargos sociais do período.

Apesar da Assessoria Téc­nico-Jurídica do tribunal se manifestar pelo parecer favo­rável, o Ministério Público de Contas de São Paulo (MPC) pediu que as contas tivessem encaminhamento contrário. Na prestação de contas, a pre­feitura de Ribeirão Preto afir­ma que o déficit está relaciona­do aos aportes que o governou precisou fazer para o Instituto de Previdência dos Municipi­ários (IPM) de aproximada­mente de R$ 200 milhões.

A partir do comunicado oficial do TCE paulista, a Câ­mara de Vereadores terá 180 dias para analisar e votar o pa­recer e o relatório. Antes de ser levado ao plenário caberá a Co­missão Permanente de Finan­ças, Orçamento, Fiscalização, Controle e Tributária analisar tecnicamente os documentos e, a partir dai, elaborar um pare­cer que será transformado em decreto legislativo e que reco­mendará a aprovação ou a re­jeição das contas.

A Câmara de Vereadores já aprovou, em sessão extraordi­nária realizada em 14 de julho, por unanimidade, as contas de 2017. O Legislativo referendou a decisão da Comissão Perma­nente de Finanças, que na já havia emitido parecer favorável aos balancetes.

Assinam o relatório a presi­dente da comissão, Glaucia Be­renice (DEM), o relator Nelson Stefanelli, o “Nelson das Pla­cas” (PDT), o vice-presidente Marcos Papa (Cidadania) e os demais integrantes Luciano Mega (PDT) e Fabiano Guima­rães (DEM).

Em setembro do ano passa­do, a 1ª Câmara do TCESP deu parecer favorável com “severas ressalvas” à prestação de contas do prefeito Duarte Nogueira referente a 2017. Durante a vo­tação, o TCESP analisou o laudo do relator Samy Wurman.

A votação contou ainda com a participação dos conselheiros Márcio Martins de Camargo e Cristiana de Castro Moraes, pre­sidente em exercício do tribunal na época. No relatório, o tribu­nal alerta a prefeitura e o prefeito que a repetição sistemática de falhas poderá levar à rejeição de suas futuras contas municipais.

O prefeito apresentou um re­latório de 87 páginas em que de­fende a aprovação das contas de sua administração. A aprovação, mesmo com ressalvas, foi a pri­meira decisão favorável depois de seis anos. Em 27 de agosto, a Câmara de Vereadores rejeitou as contas da ex-prefeita Dárcy Vera referentes a 2016.

Foi o último ano de seu se­gundo mandato à frente do Palácio Rio Branco. Foram 24 votos favoráveis ao parecer da Comissão Permanente de Fi­nanças e do Tribunal de Contas do Estado, contrários à aprova­ção. Ao encaminhar o projeto de decreto de lei para votação, o relator do caso na Comissão de Finanças, Marcos Papa, chamou de “peça fictícia” o balanço apre­sentado pela prefeitura de Ribei­rão Preto.

Tanto o TCE quanto a Câ­mara de Vereadores rejeitaram seis das oito prestações de contas dos dois mandatos da ex-prefei­ta Dárcy Vera – governou a cida­de entre 2009 e 2016. Foram re­provados os balancetes de 2010, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016. Apenas os balanços de 2009 e 2011 foram aprovados.

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