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Consórcio assume o aeroporto de RP

JF PIMENTA/ ARQUIVO TRIBUNA

A Rede Voa, consórcio ven­cedor do processo de concessão do Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes, assumiu oficial­mente o aeródromo na sexta­-feira, 1º de abril. O contrato de gestão será de 30 anos e neste período o grupo terá de inves­tir R$ 130.282.812. Somente no primeiro quadriênio o aporte deve passar de R$ 30 milhões.

Segundo o presidente da Rede Voa, Marcel Moure, os ae­roportos já estão recebendo no­vos voos comerciais e propostas de negócios para a zona aeropor­tuária. “Entendemos que o inte­rior do Estado de São Paulo tem um grande potencial de turismo e negócios e nossa intenção é integrar estas regiões através da malha aeroviária”, afirma.

A Rede Voa informa tam­bém que o Leite Lopes já re­cebeu melhorias estruturais, como iluminação na pista, re­paro no ar-condicionado, pin­tura e nova identidade visual. O aeroporto de Ribeirão Preto passou oficialmente para a ini­ciativa privada em 5 de feverei­ro. A assinatura da concessão foi assinada pelo então gover­nador João Doria (PSDB).

Segundo dados do Núcleo Multissetorial de Comércio Internacional de Ribeirão Pre­to (NCI-RP), divulgados por meio do ACI Comex, Depar­tamento de Comércio Exterior da Associação Comercial e In­dustrial (Acirp), Ribeirão Preto gerou US$ 301 milhões em ex­portações no último ano e parte das mercadorias foi escoada em outros aeroportos.

“A cidade de Ribeirão Preto é importante para o Brasil. Por isso, já começamos a trabalhar para trazer a Polícia Civil para dentro do terminal, além de investir em melhorias na estru­tura que farão com que o local seja visto como polo de atra­ção”, diz Marcel Moure.

O aeroporto de Ribeirão Preto é um dos onze aero­portos do Bloco Sudeste, que receberá investimento de R$ 266.579.190. Somente no ter­minal do Leite Lopes serão in­vestidos R$ 130.282.812 pelo Consórcio Voa NW e Voa SE. O grupo venceu o leilão de concessão do aeródromo de Ribeirão Preto e mais dez ae­ródromos com ágio de 11,5% sobre a outorga mínima, com a proposta de R$ 14.737.486.

Ou seja, 48,9% dos recursos serão aplicados no aeroporto ribeirão-pretano. Este bloco in­clui também os aeroportos de Araraquara, São Carlos e Fran­ca. O leilão do Aeroporto Leite Lopes foi realizado em 15 de julho do ano passado, na sede da B3, na Bolsa de Valores do Brasil, em São Paulo.

O aeroporto local é classifi­cado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) como sen­do da categoria 4C. Este tipo de aeroporto permite a operação de aeronaves dos modelos Airbus A320, A321 e Boeing 737-800, que são os mais utilizados em voos dentro da América do Sul.

Terminal
As obras no Leite Lopes con­templarão a ampliação do termi­nal de passageiros, que passará de 500 passageiros por hora duran­te o horário de pico para 785. O projeto prevê ainda a expansão em dois mil metros quadrados da área útil. A ampliação permiti­rá movimentar mais de dois mi­lhões de usuários ao ano.

Cerca de R$ 37,7 milhões se­rão investidos nos primeiros qua­tro anos de concessão, segundo a Agência Reguladora dos Trans­portes do Estado de São Paulo (Artesp). Para o primeiro ano, as principais intervenções pre­vistas estão concentradas em melhorias nas pistas de pouso e decolagem dos aeroportos, es­pecialmente para recapeamen­to, iluminação e repintura, asse­gurando padrões de segurança aos usuários dos aeroportos.

Estes serviços envolvem a pista principal, área de taxia­mento e pátio, adequação de se­gurança, Papi (sistema de apro­ximação visual) e sinalizações horizontais e verticais. O edital para concessão dos onze aero­portos do Grupo Sudeste prevê um total de R$ 266.579.190. Ou seja, 48,9% dos recursos serão aplicados no de Ribeirão Preto.

Outros setores do Leite Lopes também receberão investimen­tos. Entre as obras previstas estão o recapeamento, iluminação e re­pintura da pista de pouso, no va­lor de R$ 20.276,645, estaciona­mento de veículos (R$ 8.810.986) e medidas contra o ruído aero­náutico (R$ 3.217.625).

A intenção do consórcio é melhorar as condições opera­cionais, de segurança, para dar continuidade ao processo de in­ternacionalização do aeroporto para voos comerciais e de carga. A concessão do Leite Lopes, além de promover o desenvolvimento da aviação na cidade, deve atrair investimentos no turismo de la­zer e de negócios, prestação de serviços, hotelaria, entre outras opções que irão gerar mais recei­tas para Ribeirão Preto.

O Aeroporto Leite Lopes será o segundo da América Latina a ter o programa de compensação de carbono. Todas as emissões de carbono provenientes das opera­ções realizadas pela Air bp em aeronaves que serão abastecidas em Ribeirão Preto serão inseri­das à plataforma mundial de sua matriz e compensadas por créditos de carbono gerados a partir de projetos apoiados pela Air bp, através do programa “BP Target Neutral”.

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