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Obra elimina vagas na 9 de Julho

FOTO: ALFREDO RISK

Após a conclusão das obras de mobilidade e de restauro e revitalização da centenária avenida Nove de Julho, um dos cartões postais de Ribeirão Preto, o estacionamento de ve­ículos no canteiro central será proibido por causa da implan­tação do corredor de ônibus do transporte coletivo.

Laterais
A Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribei­rão Preto (Transerp) já proíbe o estacionamento de veículos na lateral direita de ambas as pistas, e depois das obras a me­dida será ampliada para que o corredor de ônibus possa ser implantado. A prefeitura infor­mou ao Tribuna que a proibi­ção é necessária para viabilizar as medidas de adequação.

“No caso das adequações viárias realizadas pelo Pro­grama Ribeirão Mobilidade, inclusive a supressão de esta­cionamentos em algumas vias (medida adotada para viabi­lizar a construção de pistas exclusivas para o transporte coletivo), são necessárias para atender igualmente a maioria da população em sua totalida­de: usuários de ônibus, moto­ristas de veículos de passeio e de carga”, diz parte do texto.

Adequações
Segundo o governo, é na­tural que, no início das ade­quações, as mudanças gerem desconforto para grupos es­pecíficos de usuários. “No en­tanto, com as transformações que o programa Ribeirão Mo­bilidade trará, a prefeitura tor­nará os espaços públicos e de circulação coletivos cada vez mais democráticos, servindo da melhor forma possível a to­dos”, diz.

Cita empreendedores, con­sumidores, usuários do trans­porte público e individuais dos mais diferentes modais, inclusive as bicicletas, com a implantação das ciclovias “e, ainda mais amplamente, de um plano cicloviário que em breve deve colaborar para es­timular ainda mais este modal saudável e ecológico”, conclui a administração.

Licitação
A Construtora Metropoli­tana, do Rio de Janeiro, venceu a licitação para realizar as obras de implantação do corredor de ônibus e de restauração da avenida Nove de Julho, um dos cartões postais da cidade e que completou 100 anos em 7 de setembro do ano passado. Vai receber R$ 31.132.101,77 pelo serviço. O prazo para a execu­ção das obras é de doze meses.

A obra
A obra contemplará o res­tauro do pavimento da Nove de Julho entre a avenida Inde­pendência e a rua Tibiriçá, do canteiro central no mesmo tre­cho, implantação de travessias com acessibilidade para pessoas com deficiência nos cruzamen­tos e implantação de galerias de águas pluviais nas ruas Coman­dante Marcondes Salgado e São José, ligando a Nove de Julho à Doutor Francisco Junqueira.

Quanto aos paralelepípe­dos, um problema histórico da avenida, as obras incluem a escavação no solo de aproxima­damente 50 centímetros para a colocação de uma base de concreto. Os paralelepípedos serão recolocados sobre essa base para que eles não afundem mais. Esse trabalho permitirá manter a qualidade do pavi­mento por mais tempo de uso.

Restauro
Todo o canteiro central será restaurado, preservando os mosaicos de pedras portu­guesas e as árvores, que não serão retiradas. Com a obra, será possível implantar aces­sibilidade nos cruzamentos e retornos da avenida, com ram­pas de acesso para cadeirantes, piso tátil direcional e de alerta indicando os pontos de espera e de travessia.

O corredor terá dois qui­lômetros de extensão, um de cada lado da Nove de Julho, a partir do cruzamento com a avenida Independência até a altura com a rua Tibiriça, em frente à Sociedade Recreativa e de Esportes (Recra). Com a licitação concluída e a ho­mologação do contrato com a Metropolitana finalizada, a obra deve começar nas pró­ximas semanas, assim que es­tiver pronta a documentação para a assinatura da ordem de serviço.

A via – incluindo seus pa­ralelepípedos e as pedras por­tuguesas do canteiro central – é tombada desde 2008 pelo Conselho Municipal de Pre­servação do Patrimônio Cultu­ral (Conppac), sendo a exten­são do trecho preservado com início na rua Amador Bueno, seguindo até o cruzamento com a avenida Independência.

Outros elementos paisagís­ticos tombados são: o piso das calçadas de mosaico português do canteiro central e as árvores da espécie sibipiruna. Por ser considerada patrimônio histó­rico da cidade, a Nove de Julho não pode ter o projeto original alterado e as obras dependem de autorização do Conppac.

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