Tribuna Ribeirão
Economia

IBC-Br avança 0,56% em abril

© CNA/ Wenderson Araujo/Trilux

Após o forte crescimento no primeiro trimestre, a economia brasileira inaugurou o segun­do quarto do ano também em terreno positivo, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador subiu 0,56% em abril, na série livre de efeitos sazonais. Em março, a queda havia sido de 0,14% – informação atuali­zada nos dados divulgados nes­ta sexta-feira, 16 de junho.

De março para abril, o índi­ce de atividade calculado pelo Banco Central passou de 147,50 pontos para 148,33 pontos na série dessazonalizada. O resul­tado é o mais favorável desde dezembro de 2013, quando pontuou 148,75, segundo a sé­rie histórica iniciada em 2003. Já na comparação entre os me­ses de abril de 2023 e de 2022, houve crescimento de 3,31% na série sem ajustes sazonais.

Esta série registrou 147,53 pontos no quarto mês do ano, o melhor desempenho para o mês desde 2014 (147,69 pon­tos). Conhecido como uma espécie de “prévia do BC” para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e ser­viços produzidos no país –, o IBC-Br serve mais precisamen­te como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

A economia brasileira mos­trou crescimento no trimestre encerrado até abril. Na série com ajuste sazonal, o avanço foi de 3,47% ante os três meses anteriores (novembro a janeiro). Na comparação com o mesmo período de 2022, a elevação no trimestre foi de 3,31% na série sem ajustes sazonais, informou a autoridade monetária. No acu­mulado de 2023, o resultado do IBC-Br é positivo em 3,88%. Já em doze meses até abril, o cres­cimento é de 3,43%.

O Banco Central também revisou nesta sexta-feira dados de seu IBC-Br na margem, na série com ajuste. O indicador de março passou de -0,15% para -0,14%. Em relação a fe­vereiro, o resultado passou de +2,53% para +2,64%. O IBC­-Br de janeiro foi atualizado de +0,59% para +0,68%, en­quanto o índice de dezembro teve leve ajuste, de +0,73% para +0,79%. Em novembro, o índice passou de -0,92% para -1,26%. Já o resultado de ou­tubro sofreu revisão de -0,60% para -0,27%.

A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2023 é de crescimento de 1,2%, con­forme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março. O dado pode ser atualizado no do­cumento deste mês. Já a equipe econômica projeta oficialmente expansão de 1,91%, mas o se­cretário de Política Econômica, Guilherme Mello, avalia que o PIB pode crescer mais próximo de 2,5% este ano, considerando os dados mais recentes.

O Produto Interno Bruto brasileiro registrou alta de 1,9% no primeiro trimestre de 2023 ante os últimos três meses do ano passado (de outubro a de­zembro), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Es­tatística. Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, apresentou alta de 4,0%.

Ainda segundo o IBGE, de janeiro a março deste ano o Produto Interno Bruto tota­lizou R$ 2,6 trilhões. O cresci­mento de 1,9% ante o quarto trimestre do ano passado situa o país em quarto lugar em ter­mos de avanço da atividade em um ranking de 49 economias compilado pela Austin Rating.

Brics
Nessa comparação, a expan­são do PIB brasileiro ficou aci­ma da média geral dos 49 países analisados, de 0,2%, conforme a consultoria. Os países do Brics – que incluem, além do Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul – tiveram crescimento mé­dio de 1,9% no período, puxado pela China (2,2%), que ocupa o terceiro lugar do ranking.

Completam a lista dos dez países com maior expansão do PIB na margem Hong Kong (5,3%), Polônia (3,8%), Tailân­dia (1,9%), Portugal (1,6%), Co­lômbia (1,4%), Croácia (1,4%), Estados Unidos (1,3%) e as Fi­lipinas (1,1%). Nos últimos lu­gares do ranking, aparecem In­donésia (-0,9%), Arábia Saudita (-1,3%), Lituânia (-2,1%), Irlan­da (-2,7%) e Nigéria (-15,7%).

Agro
O PIB da agropecuária re­gistrou forte alta de 21,60% no primeiro trimestre de 2023 ante o último período de 2022, in­forma o IBGE. Na comparação com os três primeiros meses do ano passado, apresentou avanço de 18,80%. Já o Produto Interno Bruto de serviços registrou alta de 0,60% no primeiro trimestre de 2023 ante o quarto trimestre.

Indústria
Na comparação com o pri­meiro trimestre de 2022, o PIB apresentou avanço de 2,90%. O PIB da indústria registrou baixa de 0,10% no primeiro trimestre de 2023 ante o quar­to trimestre de 2022, de acordo com o IBGE. Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, o PIB da indústria apre­sentou avanço de 1,90%.

Consumo
Já o consumo das famílias registrou alta de 0,20% no pri­meiro trimestre de 2023 ante o quarto trimestre. Na compa­ração com o primeiro trimes­tre de 2022, o consumo das famílias apresentou avanço de 3,50%. O consumo do gover­no, por sua vez, subiu 0,30% no primeiro trimestre de 2023 ante o quarto trimestre. Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, o consumo do governo teve alta de 1,20%.

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