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Mulheres ganham 19% a menos em SP 

No total, 16.536 empresas paulistas responderam ao questionário: juntas, elas somam 6,2 milhões de empregados (Marcelo Camargo/Agência Brasil)  

As mulheres ganham 19,1% a menos do que os homens no estado de São Paulo, aponta o 1º Relatório de Transparência Salarial já publicado no país com recorte de gênero. O documento, apresentado nesta segunda-feira, 25 de março, pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE), contém os principais dados extraídos das informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários – perfil exigido por lei para apresentar os dados para o governo federal. 
 
No total, 16.536 empresas paulistas responderam ao questionário. Juntas, elas somam 6,2 milhões de empregados. A exigência do envio de dados atende à lei nº 14.611, que dispõe sobre a Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, sancionada pelo presidente Lula em julho de 2023. A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em São Paulo, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 24,2%. 
 
No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho paulista, também recebem menos do que as mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 3.446,54, a da não negra é de R$ 5.437,78. No caso dos homens, os negros recebem em mediar 4.350,22 e os não negros, R$ 6.715,58. 
 
O relatório também contém informações que indicam se as empresas têm políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.  
 
No caso de São Paulo, o relatório registrou que 58,5% das empresas possuem planos de cargos e salários; 41,1% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 36,9% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 30,5% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. 
 
Apenas 24,3% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 24,9% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 5,8% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência. Poucas empresas ainda adotam políticas como licença maternidade/paternidade estendida (22,4%) e auxílio-creche (26,1%). 
 
Nacional No Brasil, as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens, de acordo com o 1º Relatório de Transparência Salarial. No total, 49.587 empresas responderam ao questionário – quase 100% do universo de companhias com 100 ou mais funcionários no Brasil. Destas, 73% têm 10 anos ou mais de existência. Juntas, elas somam quase 17,7 milhões de empregados. 
 
A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 25,2%. No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho, também recebem menos do que as mulheres brancas.  
 
Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 3.040,89, a da não negra é de R$ 4.552,45, diferença de 49,7%. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 3.843,74 e os não negros, R$ 5.718,40, o equivalente a 48,77%.  
 
O relatório registrou que, em todo o país, 51,6% das empresas possuem planos de cargos e salários, políticas de incentivos às mulheres; 38,3% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 32,6% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 26,4% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. 
 
Apenas 20,6% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 23,3% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 5,4% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência.Poucas empresas ainda adotam políticas como flexibilização de regime de trabalho, como licença maternidade/paternidade estendida (17,7%) e auxílio-creche (21,4%). 
 

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