Tribuna Ribeirão
Política

Favela União espera decisão da prefeitura

JF PIMENTA/ ESPECIAL PARA O TRIBUNA

Parte dos 60 moradores da Favela da Vila União, comunidade locali­zada próxima a Coordenadoria do Bem-Estar Animal (Cbea), na Zona Norte de Ribeirão Preto, que desde a terça-feira (5) estavam acampados em frente ao Palácio Rio Branco com barracas, cartazes e faixas, foram recebidos nesta quarta-feira, 6 de fevereiro, pelo secretário mu­nicipal de Planejamento e Gestão Pública, Edsom Ortega Marques. A prefeitura se comprometeu a avaliar as reivindicações dos sem-teto no período de uma semana. O grupo foi pedir à prefeitura que suspenda o andamento da ordem de reintegração de posse da área pública determinada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em janeiro. A reunião ocorreu na tarde de ontem, no Salão Nobre do Palácio Rio Branco, e contou com a participação de representantes do Movimento Nacional de Moradia, advogados e membros da Comis­são de Direitos Humanos da 12ª Subseção da Ordem dos Advoga­dos do Brasil (OAB-RP). Por meio de nota, a prefeitura informa que, “durante a reunião, a sétima realizada nos últimos meses, a administração municipal se comprometeu a analisar as principais reivindicações apresenta­das pelo movimento social. O prazo acordado para a análise do governo municipal é de uma semana. Os moradores da comunidade Vila União, que estão com uma ordem judicial para desocupação da área, pedem uma solução amigável para o impasse, bem como mais tempo para deixarem o local”, diz. Informa ainda que “embora a decisão judicial, transitada em jul­gado, refira-se a uma ação iniciada em 2016, com a participação do Ministério Público Estadual (MPE), Defensoria Pública, representantes dos moradores e seus advogados, a prefeitura municipal tem mantido aberto o canal de diálogo com o movimento social.” Ocupantes da área pública desde 2015, cerca de 200 famílias reclamam que a favela não foi incluída no Programa de Regularização Fundiária desenvol­vido pelo município e que, por esse motivo, não poderiam ser retirados do local. Dizem não ter para onde ir. A prefeitura explica que a favela não foi incluída no programa por não preencher os requisitos legais para fazer parte do projeto, mas, entre outros motivos, por ser uma ocupação recente. Naquela área a administração pretende construir 542 apartamentos pelo Programa Minha Casa Minha Vida, destinados para famílias de baixa renda. A ação judicial foi impetrada em 2016, du­rante a gestão da ex-prefeita Darcy Vera (sem partido). No início de 2017, quando o prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) assumiu o governo, Ribeirão Preto tinha 96 áreas invadidas, com onze mil moradias e população estimada em 43 mil pessoas. Desde então, 15 locais com 215 unidades habitacionais e 840 moradores foram retomados. Ou­tros 25 terrenos estão na mira da administração. As pessoas serão transferidas. A Secretaria de Pla­nejamento diz ainda que 35 áreas ocupadas foram incluídas no Programa de Regularização Fun­diária e doze processos já estão em andamento.Outros 21 terrenos já consolidados foram mapeados, fotografados e filmados e deverá entrar no programa.

Postagens relacionadas

Polícia Federal faz busca na casa do prefeito de Araraquara Edinho Silva

Redação

Advogado explica novo regramento das fake news

Redação 10

RP paga acima do piso do magistério

William Teodoro

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com