Em um clube que já vive problemas financeiros há muito tempo, mais uma dívida foi acrescentada ao montante do Comercial: a pré-temporada em Nuporanga (SP). Defendida pelo presidente Antônio Campanelli, a preparação longe de Ribeirão Preto teria gerado críticas internas no elenco.
O objetivo do mandatário era promover a união no elenco para tentar o acesso na Série A3 do Campeonato Paulista. Na visão do cartola, a ideia foi inovadora.
“Eu procurei fazer uma coisa diferente: começar o treinamento em setembro do ano passado. Começamos a contratar em setembro. Tínhamos feito uma Copa Paulista razoável. (…) A partir do segundo dia do término daquela copa, comecei já a montar o time, não perdi tempo”, disse o dirigente, em entrevista à WSports.
“Fomos atrás dos jogadores e sempre procuramos dar o melhor possível em termos de acolhimento, alimentação, tratamento e salários em dia. Fiz a pré-temporada buscando algo diferente, que o Comercial nunca tinha feito. Se fez, foi há muitos anos”, acrescentou.
O desfecho no estadual, porém, foi o pior possível. Rebaixado para a Série A4 na lanterna da terceira divisão, o Leão do Norte tem, na viagem para Nuporanga, mais uma pendência financeira para lidar durante mais algum tempo.
“Fiz em dez parcelas o pagamento de tudo o que ficou. Já paguei cinco e faltam ainda cinco. De todo o desastre, ainda tem essa dívida para continuar pagando”, lamentou Campanelli.
O Comercial aguarda convite da Federação Paulista de Futebol (FPF) para ter calendário no segundo semestre com a Copa Paulista. Caso não dispute o torneio, o atual presidente afirmou que deixará seu cargo. Enquanto isso, o Alvinegro negocia a transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) com a empresa Total Player, dos ex-jogadores e irmãos Calucho e Paulo Jamelli.

