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Donald Trump taxa China em 125%  

Trump disse que vai reduzir a taxação de 75 países para 10% por 90 dias, enquanto negocia com os chefes de Estado e governo desses países (Carlos Barria/Reuters )

O presidente dos Estados Unidos (EUA), o republicano Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira, 9 de abril, que vai elevar a taxação das importações da China para 125%, com efeito imediato. Até então, a taxação adicional da China estava em 104%.

“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou aumentando a tarifa cobrada da China pelos EUA para 125%. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ​​ou aceitáveis”, informou Trump em uma rede social.

Por outro lado, Trump disse que vai reduzir a taxação de 75 países para 10% por 90 dias, enquanto negocia com os chefes de Estado e governo desses países. “Autorizei uma pausa de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato”, disse Trump

Ele diz que a decisão tem base “no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos EUA para negociar uma solução para os assuntos em discussão, e que esses países não retaliaram de forma alguma os Estados Unidos”, completou o presidente estadunidense.

Em 2 de abril,  Donald Trump detalhou seu plano de tarifas recíprocas para 59 países durante evento na Casa Branca. O republicano afirmou que a tarifa para o Brasil agora é de 10%. A medida anunciada no “Dia da Libertação dos EUA” passou a partir da zero hora do último sábado (5).

Outras tarifas para produtos específicos já tinham sido anunciadas, como 25% para aço e alumínio e para automóveis e suas peças. Mas a Casa Branca anunciou que os 10% não serão cumulativos com a taxa específica desses setores. Trump ainda anunciou taxação de 25% em todos os carros produzidos fora dos EUA. Essa taxa está valendo desde a zero hora do dia 3.

Produtos provenientes da Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Chile, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Panamá, Paraguai, Reino Unido, Turquia, Ucrânia e Uruguai receberão a tarifa mínima de 10%. Já as tarifas recíprocas para a China seriam de 34%, enquanto os produtos da União Europeia serão taxados em 20%.

Porém, a China retaliou e também taxou os produtos americanos em 84%, por isso a retaliação de Trump. Para o Japão, Coreia do Sul e Índia, as sobretaxas são de 24%, 25% e 26%, respectivamente. Importações da Suíça terão tarifa de 31%, enquanto os produtos da Venezuela haviam sido taxados em 15%. A tabela divulgada pela Casa Branca não menciona Canadá e México.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira que o governo vai trabalhar para tentar reduzir a alíquota mínima de 10% de imposto ao que o Brasil exporta aos Estados Unidos, determinada na semana passada por Donald Trump.

Em entrevista à imprensa, ele voltou a falar que o caminho será pelo diálogo e pela negociação com os norte-americanos. Alckmin também repetiu que, embora o Brasil tenha ficado na lista de países que tiveram o menor nível de tarifa atribuída por Trump, o entendimento do governo é de que essa sobretaxa não deveria ser aplicada diante do perfil de trocas comerciais entre os dois países.

“EUA com o Brasil tem superávit. E dos dez produtos que eles mais exportam, oito, a alíquota é zero. Não paga imposto de importação para entrar no Brasil. E a tarifa média final de todos os produtos é 2,7%. Então, o caminho é o caminho do diálogo, da negociação e nós vamos trabalhar no sentido de reduzir essa alíquota que entendemos que não é boa”, disse

“Não é só para o Brasil, não é boa para o mundo”, afirmou após participar de cerimônia da Pedra Fundamental do Projeto Sucuriú, da Arauco, em Inocência (MS), no qual foi acompanhado pela ministra do Planejamento, Simone Tebet. O ministro também citou o caso da tributação sobre o aço.

Lembrou que as empresas brasileiras, taxadas em 25% – assim como outras no mundo – importam carvão siderúrgico dos Estados Unidos para produzir aqui. “Nós fazemos o semielaborado e vendemos para eles fazerem o elaborado. É uma cadeia, também vai onerá-los. Então, por isso, avançar no diálogo e na negociação”, disse.

União Europeia – Os países da União Europeia aprovaram, nesta quarta-feira, o primeiro pacote de retaliação contra as tarifas de Donald Trump. O bloco de 27 países enfrenta desde o mês passado tarifas de importação de 25% sobre aço, alumínio e carros, além de novas taxas de 20% para quase todos os outros produtos, que acabaram de entrar em vigor.

Em retaliação, a UE decidiu que serão aplicadas tarifas de 25% sobre uma série de importações dos EUA a partir da próxima terça-feira (15), em etapas. As importações dos EUA incluem milho, trigo, cevada, arroz, motocicletas, aves, frutas, madeira, roupas e fio dental, de acordo com um documento visto pela Reuters. 

 

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