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Safra de grãos deve bater recorde  

Conab espera produção de grãos em 330,3 milhões de toneladas com condições climáticas favoráveis na primeira safra (Wenderson Araújo/Trilux CNA)  

A produção brasileira de grãos na temporada 2024/25 deve alcançar 330,33 milhões de toneladas. O volume, se confirmado, além de ser o maior já registrado na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), representa um crescimento de 10,94%. São 32,58 milhões de toneladas a mais em comparação com o ciclo anterior (2023/24), quando a colheita chegou a 297,75 milhões. 
 
Os dados são do 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado nesta quinta-feira, 10 de abril. Em relação aos 328,31 milhões de toneladas do estudo anterior, de março, são 2,02 milhões de toneladas a mais, alta de 0,62%, segundo a Conab  
 
O incremento estimado pela estatal se deve tanto a uma maior área plantada, prevista em 81,67 milhões de hectares, com incorporação de 1,7 milhão de hectares contra 79,97 milhões de há do ciclo anterior (alta de 2,13%), quanto às condições climáticas favoráveis registradas na primeira safra nas principais regiões produtoras.  
 
As perspectivas positivas para o clima também dão suporte para o desenvolvimento das culturas na segunda safra. Neste cenário, é esperada uma recuperação da produtividade em 8,6%, estimada em 4.045 quilos por hectares. Dentre os produtos cultivados, a soja deve registrar o maior volume já colhido no país. Nesta safra, a Conab prevê uma produção de 167,9 milhões de toneladas, resultado 20,1 milhões de toneladas superior à safra passada.  
 
O Centro-Oeste, principal região produtora do grão, deve registrar um novo recorde na produtividade média das lavouras com 3.808 quilos por hectare, superando o ciclo 2022/23. Em Mato Grosso a colheita já chega a 99,5% da área semeada com a produtividade média chegando a 3.897 quilos por hectares, a maior já registrada no estado mato-grossense. Cenário semelhante é visto em Goiás, onde os trabalhos de colheita já atingem 97% da área com uma produtividade de 4.122 kg/ha. 
 
Com a colheita da soja avançada, o plantio do milho 2ª safra está próximo de ser finalizado. A produção total do cereal, somados os três ciclos da cultura, está estimada em 124,7 milhões de toneladas em 2024/25, crescimento de 9 milhões de toneladas em relação ao ciclo passado. Só na segunda safra do grão é esperada uma colheita de 97,9 milhões de toneladas, resultado de uma maior área plantada, estimada em 16,9 milhões de hectares, combinado com uma recuperação de 5,5% na produtividade média prevista em 5.794 quilos por hectare. 
 
A colheita de arroz também segue em bom ritmo, com mais de 60% da área plantada já colhida. As condições climáticas nas principais regiões produtoras, até o momento, são favoráveis para o desenvolvimento da cultura. Aliado ao manejo adotado pelos agricultores, a produtividade média deve registrar recuperação de 7,2%, estimada em 7.061 quilos por hectare. A área também deve crescer em torno de 7%, chegando a 1,72 milhão de hectares. Com isso, a produção deve registrar uma alta de 14,7%, chegando a 12,1 milhões de toneladas. 
 
No caso do feijão, o aumento previsto na produção é de 2,1% , podendo chegar a 3,3 milhões de toneladas somadas as 3 safras da leguminosa. A elevação acompanha a melhora na produtividade média das lavouras, que sai de 1.135 quilos por hectare para 1.157 quilos por hectare, uma vez que a área se mantém estável em 2,86 milhões de hectares. 
 
Para o algodão, a expectativa de produção recorde vem se confirmando. O plantio está concluído com estimativa de área em 2,1 milhões de hectares, crescimento de 6,9% sobre a safra 2023/24. Já para a produção de pluma é esperada uma colheita de 3,9 milhões de toneladas, 5,1% acima do volume produzido na safra anterior. 
 
Mercado – Neste levantamento, a Companhia ajustou as estimativas de consumo de milho na safra 2024/25, uma vez que a produção total do cereal foi reajustada para 124,7 milhões de toneladas. Com isso, a nova expectativa é de um volume de 87 milhões de toneladas consumidas no mercado interno.  Já as exportações estão projetadas em 34 milhões de toneladas.  
 
Mesmo com o aumento no consumo interno, o estoque final deve chegar a cerca de 7,4 milhões de toneladas do grão. Cenário semelhante é encontrado para o algodão, em que  o aumento na produção possibilita um incremento tanto no consumo quanto no estoque de passagem da fibra. 
 

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