Levantamento da Associação Paulista de Supermercados (Apas), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mostra que, em março, o preço dos principais ingredientes do prato feito caiu no estado de São Paulo.
A carne bovina, item de maior peso na composição do prato, registrou recuo de 1,16%. No acumulado deste ano, a queda chega a 0,49%. Entre os cortes que mais baratearam desde janeiro, destacam-se a picanha (6,16%), fraldinha (4,91%), contrafilé (2,89%) e patinho (2,21%).
“O aumento da oferta de fêmeas para abate, combinado à diminuição da demanda por carne devido ao término do período de festas e à substituição por outros produtos com preços mais acessíveis, pode explicar a redução nos preços em março”, explica o economista-chefe da Apas, Felipe Queiroz.
“O arrefecimento da taxa de câmbio durante o primeiro trimestre do ano e a queda nos preços da ração também contribuíram com a redução nos preços da carne no mês”, diz. O preço do arroz recuou 2,40% em março, enquanto o feijão teve leve alta de 0,63%, mas acumula expressiva deflação de 24,76% nos últimos doze meses.
No mesmo período, a categoria de cereais apresentou queda de 12,75%. “Em março, toda a subcategoria de cereais recuou 1,29%, mantendo a tendência de deflação observada desde o segundo trimestre de 2024. Esse processo deflacionário está relacionado principalmente à diminuição no preço do feijão, que está em queda desde o mês de abril do ano passado”, emenda Queiroz.
Segundo a pesquisa “Preço Médio da Refeição Fora do Lar 2024”, divulgada em agosto de 2024 pela Associação Brasileira das Empresas de Benefício ao Trabalhador (ABBT) e realizada pela Mosaiclab, empresa de inteligência de mercado do grupo Gouvêa Ecosystem, almoçar fora de casa ficou 16,74% mais caro em Ribeirão Preto no ano passado.
Estado – Ribeirão Preto tinha a segunda refeição mais barata do estado de São Paulo, atrás apenas de São Bernardo do Campo (R$ 43,78), a sexta mais em conta da Região Sudeste e a 12ª com menor valor em todo o país. Segundo o levantamento, o ribeirão-pretano pagava R$ 45,74 para comer em restaurantes, lanchonetes e afins, acréscimo de R$ 6,56 em comparação com os R$ 39,18 de 2023.
Trata-se do mais importante e abrangente levantamento sobre preços de refeições fora de casa e o mais tradicional do país, realizado há mais de 20 anos. A pesquisa aconteceu entre março e maio, em 4.502 estabelecimentos comerciais de 51 cidades de 22 estados e do Distrito Federal.
Médias – No total, foram coletados 5.640 preços de pratos em todo o Brasil, em estabelecimentos que servem refeições no horário do almoço, de segunda a sexta-feira. O valor cobrado em Ribeirão Preto era 11,37% inferior à média nacional, de R$ 51,61, abatimento de R$ 5,87. Também estava 19,88% abaixo dos R$ 57,09 cobrados, em média, nas cidades paulistas, R$ 11,35 mais em conta.
Em relação aos R$ 54,54 da Região Sudeste, o ribeirão-pretano pagava R$ 8,80 a menos, desconto de 16,13%. O almoço mais caro do Brasil era praticado em Osasco (SP), de R$ 68,34. O valor de Ribeirão Preto era 33,07% inferior, R$ 22,60 a menos.
Com base na média de R$ 45,74, mensalmente, considerando apenas 20 dias, o trabalhador ribeirão-pretano gastava R$ 914,80 para almoçar fora de casa, R$ 131,20 a mais que os R$ 783,60 de 2023, segundo a pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Benefício ao Trabalhador .
Pratos – O preço do comercial/prato feito saltou de R$ 34,90 em 2023 para R$ 36,02 no ano passado, acréscimo de R$ 1,12 e alta de 3,21%. O prato executivo avançou de R$ 47,28 para R$ 54,11, aporte de R$ 6,83 e aumento de 14,44%. O self service (comida por quilo) saltou de R$ 33,27 para R$ 45,56, mais R$ 12,29, elevação de 36,94%. O preço da refeição a la carte recuou de R$ 112,44 para R$ 106,47, desconto de R$ 5,97 e queda de 5,31%.

