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Meu Fusca agora fala

Rui Flávio Chúfalo Guião *
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Em 1968, os Estúdios Disney lançaram um filme chamado “The Love Bug”, traduzido no Brasil para “Se meu Fusca falasse”, tendo como principal protagonista um simpático Volkswagen, branco, usado.

A história começa com as dores de um corredor de automóveis que é dispensado pela sua idade e pela pobre performance nos campeonatos. Dirigindo-se a uma revenda de carros de luxo, depara-se com simpático VW, desprezado no meio de carrões. Talvez comparando a situação do veículo com a sua, acaba comprando-o.

Com ele, reinicia sua vida de corredor, dando ao Fusca o nome de Herbie, colocando sobre sua pintura branca uma faixa com as cores americanas – azul, branco e vermelha. Na primeira corrida, recebe o número 53, que passa a estampar daí para frente.

O carro é valente, dotado de vida própria, com incrível inteligência, carisma e personalidade. Leva o velho corredor a várias vitórias, sem que ele perceba que o mérito é do carro e não seu.

O filme conquistou a terceira bilheteria mundial no ano do seu lançamento e teve tão grande sucesso que seguiram-se quatro sequências: “As novas aventuras do Fusca”, “Um Fusca em Monte Carlo”, “A Última Cruzada do Fusca”e “Herbie meu Fusca Turbinado”.

Destinado ao público infanto-juvenil, os filmes foram sucesso também entre os adultos, que lotavam as casas de exibição.

Nos filmes, Herbie fazia de tudo, menos falar.

Pois agora, o Fusca fala.

Num evento na OCA do Ibirapuera, genial prédio desenhado por Oscar Niemeyer, a Volkswagen apresentou seu mais novo produto, o Tera, sua maior aposta para este ano, um SUV esportivo compacto, totalmente criado pela engenharia brasileira e fabricado em Taubaté, com o objetivo de marcar uma nova era com um novo ícone.

O carro impressiona pelo design moderno e extremamente novo e pelos vários sistemas de apoio ao motorista, dentre eles, com grande destaque, o Otto, um aplicativo de Inteligência Artificial Generativa que responde às perguntas do condutor.

O avatar do Otto foi inspirado na frente da icônica Kombi, com seus dois grandes faróis representando os olhos, que ficam se movendo, enquanto o aplicativo fala com o motorista.

A inteligência artificial generativa, grosso modo, “ensina “ao avatar procurar na internet e nas demais redes sociais as respostas para as perguntas que lhe são feitas. Também, Otto foi “ensinado” a conhecer todos os fatos possíveis ligados ao novo produto específico.

Dita a frase “Fale,Otto”,seguida da pergunta, vem a resposta numa rapidez típica da IA.

O operoso e competente Presidente e CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, encantou os presentes demonstrando como se conversa com OTTO: “Fala Otto. Tenho combustível para ir até Ribeirão Preto ? “Fala Otto, qual a pressão adequada para os pneus e como eles estão agora?”

Apesar do nome, OTTO é uma criação brasileira feita pelo time de Tecnologia daInformação da Volkswagen do Brasil, brilhantemente comandado pela sua Diretora para o Brasil e América Latina, Cristina Cestari, pessoa que impressiona pelo conhecimento e pela atitude elegante para com os que com ela tem a oportunidade de conviver.

Portanto, agora o Tera, neto do Fusca, fala com você.

* Advogado e empresário, é presidente do Conselho da Santa Emília Automóveis e Motos e secretário-geral da Academia Ribeirãopretana de Letras

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