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MP denuncia 20 na Operação Castelo de Areia

(Gaeco)

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – braço do Ministério Público de São Paulo (MPSP) – ofereceu denúncia contra 20 investigados na Operação Castelo de Areia II pelos crimes de organização criminosa, usura, lavagem de capitais e, em alguns casos, corrupção. Nesta quinta-feira, 12 de junho, o Judiciário converteu em preventivas as prisões temporárias dessas pessoas. Uma continua foragida.

A denúncia do Gaeco atinge os 17 alvos presos na operação deflagrada em 3 de junho, além de três mulheres que também estavam sendo investigadas e tiveram aplicadas medidas cautelares diversas da prisão. Questões processuais levaram à apresentação de duas denúncias, tendo em vista que, de acordo com a análise fática, embora se trate de uma só organização criminosa, os acusados se dividiam em dois núcleos.

No dia 3 de junho, a ação denominada Operação Castelo de Areia – Fase 2 cumpriu, em Franca, 14 mandados de prisão temporária (com duração de cinco dias), um em Ribeirão Preto e um em Pedro Leopoldo (MG). Um suspeito está foragido e continua sendo procurado.

Dentre os presos estão Rogério Alves dos Santos, Thiago Giacomini Cravo, Alex Alves dos Santos, Alex Sander Henrique da Silva, Patrick da Silva Delgado, Willian Fernando Alves do Nascimento, Wescley Mateus Carlos da Costa e Carlos Roberto de Souza.

Também foram presos Rayander luiz Nascimento Loviat, Célio Luis Martins, Everaldo Bastos Guimarães, Eraldo Bastos Guimarães, Bruno Ricardo de Matos Souto, Antonio Henrique Pimenta Mathias, Matheus Carrijo Machado e Leonardo Carrijo Machado. O Tribuna não conseguiu contato com a defesa.

Também foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão – dois dos quais em Ribeirão Preto. Foram apreendidos 15 aparelhos celulares, computadores, documentos contendo anotações sobre a agiotagem, três armas de fogo, R$ 50 mil em espécie, R$ 100 mil em cheques e artigos de luxo, como um relógio Rolex.

Veículos dos investigados foram bloqueados administrativamente. Parte dos membros da organização criminosa já havia sido julgada e condenada, a partir de uma investigação iniciada no final de 2022. Contudo, na sequência das investigações, o Gaeco descobriu que outros integrantes seguiam com os negócios criminosos da quadrilha.

Entre os que já foram condenados, foi verificada uma movimentação de R$ 36 milhões em contas bancárias. Já os atuais investigados movimentaram cerca de R$ 31 milhões nos últimos quatro anos. Durante as investigações, ficou evidenciada a agressividade nas cobranças, recorrendo-se até mesmo a ameaça expressa de assassinatos.

Nas conversas interceptadas por ordem judicial, os criminosos chegavam a dizer que persistiriam no esquema ilícito, mesmo após a prisão dos outros integrantes. Disseram ainda que nada os intimidaria.

Segundo o Gaeco, mesmo com as prisões anteriores, outros integrantes mantiveram a quadrilha ativa e diziam em conversas entre eles que “nada os intimidariam e, até mesmo, jamais seriam punidos”. Isso motivou a deflagração da segunda fase da operação, nesta terça-feira.

Agiotagem e lavagem de dinheiro – O MP apurou que a organização criminosa, com base em Franca, emprestava dinheiro a juros exorbitantes e, na cobrança, empregava violência e ameaças de morte, caso as vítimas não pagassem.

Parte do dinheiro voltava para o negócio criminoso e outra parte seguia para um esquema de lavagem de dinheiro, através de empresas de fachada, com a aquisição de veículos de luxo, imóveis, relógios e outros itens de grande valor. Um ex-policial civil de Franca atuava com o grupo.

Ele teria, inclusive, iniciado sua participação quando ainda estava na Polícia Civil. A ação do Gaeco, com apoio do Baep, resultou no cumprimento de todos os 20 mandados de busca e apreensão e nos 17 de prisão temporária, além da apreensão de armas, dinheiro, relógios e outros bens. As investigações prosseguem.

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