Taís Roxo Fonseca *
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Muita gente deve estar se perguntando sobre o significado da frase que está sendo veiculada pelas redes sociais “ somos 99% contra 1%”, melhor dizendo ainda, somos 99% dominados por 1% da população brasileira. Essa frase prenuncia o que vem por aí, que é uma quebra de paradigma social e econômico, por historiadores, sociólogos e economistas contemporâneos, que se reuniram para repensar o Brasil atual.
Esses intelectuais se juntaram para distribuir conhecimentos e formação de qualidade, através da educação popular inclusiva, realizar a tão necessária revolução cultural. E assim, vem sendo feito pelo Instituto Conhecimento Liberta- o ICL, que é uma plataforma revolucionária de educação e promoção de conhecimento, que oferece uma formação crítica e interdisciplinar sobre história, política, sociologia e economia, em parceria com a FESP-SP- Fundação de Sociologia e Política de São Paulo, fundada há quase 100 anos por Claude Lévi –Strauss, antropólogo francês, por onde já passaram em seus bancos escolares- Florestan Fernandes e Sergio Buarque de Holanda.
O Instituto Conhecimento Liberta, foi idealizado pelo empresário Eduardo Moreira e desde então vem fazendo um importante trabalho por intermédio de seus programas de notícias exibidos de segunda à sexta feira, mediante duas edições diárias disponíveis nas mídias sociais. Vale lembrar que o ICL-Notícias é um portal de jornalismo e ainda oferece em sua plataforma mais de 300 cursos, além de uma pós-graduação sobre a realidade brasileira, com diploma expedido pelo MEC, tendo um corpo docente galáctico formado por Jessé Souza, Marilena Chauí, Ladislau Dowbor, Renato Janine, Lindener Pareto, entre outros.
O cerne da questão é que chegou a hora de nos unirmos para enfrentarmos o maior desafio do Brasil, que é a concentração de riqueza nas mãos de 1% da população, enquanto 99% da população paga a conta. Não poderia deixar de aclamar Machado de Assis, com sua célebre frase -“A Soberania nacional é a coisa mais bela do mundo, com a condição de ser soberania e de ser nacional”.
Não podemos acreditar simplesmente que o Brasil está caminhando para dar certo, quando acabamos de aprovar o PL da Devastação, que os nossos jovens trabalhadores são obrigados à jornada penosa de seis dias de trabalho incessantes por apenas um dia de descanso, que os super ricos e as Bets não pagam impostos, que os supersalários continuam sendo aplicados desmedidamente e em total desrespeito à Constituição Brasileira, que as emendas parlamentares continuam “secretas” jorrando o dinheiro produzido pelo trabalhador, alijado do convívio familiar e social, que na maioria das vezes adoece tornando-se incapaz para o trabalho ainda em tenra idade.
O sociólogo Jessé Souza faz uma crítica da tolice da inteligência brasileira, assim ele diz “ Como somos comandados por ideias no nosso comportamento prático, quer saibamos disso ou não, então, criticar as ideias que nos imbecilizam e nos fazem de tolos é o primeiro passo para aprendermos a sermos igualitários e justos e não racistas e injustos, como ainda somos.
Isso mostra também, como a crítica da tolice da inteligência brasileira, não é um mero exercício intelectual, ou seja, como as ideias não ficam nos livros e nas universidades, mas fornecem todo o material da imprensa e da mídia, filmes, novelas e séries, criticar as ideias dominantes é o primeiro passo e mais decisivo para se criticar o tipo de sociedade que essas ideias criam e legitimam.
É essa a crítica da inteligência brasileira, elitista e racista, que tem de ser universalizada e transformada em uma nova narrativa do senso comum, de um novo brasil de modo a termos uma nova sociedade mais justa e mais crítica”.
Sem novas ideias, não saberemos sequer para onde ir e por isso vagamos hoje em um Brasil que se perde em debates risíveis construídos ao arrepio da soberania nacional pela infame família Bolsonaro, que agora jogou o País aos impactos incalculáveis com o tarifaço de 50% anunciada por Donald Trump. Avante, o conhecimento liberta.
* Advogada

