Imagens mostram caminhonete trafegando na contramão antes de colisão que matou casal e feriu adolescente na Rodovia Faria Lima (SP-326). Motorista apresentava sinais de embriaguez e foi detido.
O motorista de uma caminhonete que provocou um grave acidente na noite de domingo (27), em Guariba (SP), pode responder por duas mortes com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. A colisão frontal resultou na morte de um casal e deixou o filho deles, de 13 anos, gravemente ferido.
Câmeras de segurança de um posto de combustíveis localizado às margens da Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326) registraram o momento em que o condutor da Ford Ranger, identificado como Luiz Henrique do Prado Manoel, de 28 anos, entra na contramão da via logo após deixar o estabelecimento.
Nas imagens, é possível ver o motorista cruzando o pátio do posto e acessando a pista contrária da rodovia, ignorando completamente o sentido do tráfego. Ele percorre um trecho considerável na contramão antes de colidir de frente com um Volkswagen Gol, ocupado por uma família.
Segundo informações da Polícia Militar Rodoviária, a batida aconteceu no km 326 da via. No veículo atingido estavam Celso Novelo Filho, de 42 anos, e Gislaine Cristina da Silva Novello, de 38, que morreram no local. O filho do casal foi socorrido em estado grave e encaminhado inicialmente para a UPA de Jaboticabal, sendo transferido durante a madrugada para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
Testemunhas relataram que Luiz Henrique apresentava sinais visíveis de embriaguez. Ele foi detido pela polícia no local e deve passar por audiência de custódia após receber alta médica.
O caso foi registrado como homicídio consumado e tentado, mas poderá ser requalificado como homicídio doloso com dolo eventual, caso as investigações confirmem que o motorista assumiu conscientemente o risco de provocar o acidente fatal ao dirigir embriagado e na contramão de uma rodovia de alto tráfego.
Dolo eventual é quando o autor, mesmo prevendo a possibilidade do resultado trágico, prossegue com a conduta, assumindo os riscos. A reclassificação pode levar a uma pena maior, de até 20 anos por vítima fatal.
A defesa do motorista ainda não foi localizada pela reportagem.
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