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Trabalhadores escravizados são resgatados de obra da Prefeitura de Franca

Serviço era executado por funcionários de empresa contratada pela prefeitura, que rescindiu contrato da obra

Operação constatou que oito trabalhadores viviam em condição análoga à escravidão em obra realizada por terceirizada da Prefeitura de Franca (Foto: Divulgação)

O Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizaram, na sexta-feira (8), uma operação conjunta para resgatar oito trabalhadores em condições análogas à escravidão, em obras de reforma das praças Nossa Senhora da Conceição e Barão, no centro de Franca (SP). A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira (14).

Os serviços eram executados pela empresa Terra Incorporadora e Construtora Ltda, contratada pela prefeitura. A fiscalização constatou alojamentos precários, ausência de registro em carteira, falta de equipamentos de proteção, condições de higiene e segurança inadequadas, jornadas exaustivas e três meses de salários atrasados. Diante das irregularidades, o Executivo municipal rescindiu o contrato com a terceirizada.

MPT e MTE citam condições precárias no alojamento dos trabalhadores (Foto: Divulgação)

Foi firmado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a empresa, que se comprometeu a pagar R$ 266.200,02 em verbas rescisórias e indenizações, incluindo valores por danos morais individuais de R$ 5 mil para três trabalhadores e R$ 10 mil para os demais. Também deverá pagar R$ 100 mil por dano moral coletivo, destinados a entidades sociais de Franca, além de cumprir normas de segurança e regularizar alojamentos.

Os pagamentos aos trabalhadores devem ser feitos em até 120 dias, com comprovação ao MPT cinco dias após cada depósito. Já o valor do dano moral coletivo deve ser pago em até 15 dias após a empresa receber um crédito contratual junto à prefeitura.

 

Empresa se comprometeu a pagar  direitos dos trabalhadores e R$ 100 mil por dano moral coletivo, além de ter o contrato com a prefeitura cancelado (Foto: Divulgação)

Para garantir o cumprimento, foram oferecidos três imóveis em garantia real. A Câmara Municipal já havia pago diretamente aos trabalhadores valores decorrentes do contrato.

O procurador Gustavo Rizzo Ricardo, responsável pelo TAC, afirmou que o combate ao trabalho escravo contemporâneo exige ação rápida, reparação dos direitos e prevenção de novos casos. Ele também destacou a importância de aperfeiçoar os mecanismos de controle das contratações públicas.

O MPT informou que o Município de Franca será investigado por negligência, diante de indícios de falhas na fiscalização dos contratos firmados com a empresa. A apuração deve verificar possível responsabilidade de gestores públicos pela omissão na fiscalização das condições de trabalho.

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