A pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CreciSP) comparou os mercados de venda e locação de casas e apartamentos em julho com os resultados obtidos em junho deste ano. Foram consultadas 109 imobiliárias que atuam em 18 cidades da região metropolitana.
A pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis envolve Ribeirão Preto, Altinópolis, Batatais, Guariba, Guatapará, Jaboticabal, Jardinópolis, Luiz Antônio, Mococa, Monte Alto, Morro Agudo, Orlândia, Pitangueiras, Pontal, Serra Azul, Serrana, Sertãozinho e Tambaú.
Todas essas cidades ficam na região metropolitana, composta por 34 municípios. Depois de disparar 50,58% em junho, as vendas recuaram 45,09% em julho. Antes, havia registrado quedas em janeiro (-27,32%), fevereiro (-3,91%) e maio (-13,04%) e altas em março (23,72%) e abril (1,79%) – acumula retração de 13,27% em sete meses.
Em julho do ano passado, a queda foi de 33,7%. Terminou 2024 com quatro meses seguidos de alta – setembro (80,8%), outubro (65,9%), novembro (41,3%) e dezembro (6,1%). Fechou o ano passado com alta acumulada de 86,41%, segundo a pesquisa CreciSP.
O volume de novos contratos de locação assinados em julho despencou 20,51%, após avanço de 263,16% em junho e após quedas de 11,11% em maio e de 70,28% em abril, ante avanço de 26,19% em março. Já havia recuado 45,06% em janeiro, mas subiu 86,36% em fevereiro. Ainda acumula alta de 228,72% em sete meses.
Avançou 23,9% em dezembro avançou 23,9%, após queda de 4,8% em novembro, ante alta de 65,3% em outubro, depois de disparar 320,8% em setembro – o crescimento acumulado no ano passado foi de 516,91%. Encerrou 2023 em baixa de 87,34%. Em julho do ano passado, o crescimento foi de apenas 0,7%.
O presidente estadual do CreciSP, José Augusto Viana Neto, analisou os números registrados: “O mercado de vendas de Ribeirão Preto enfrenta instabilidade e fechamento negativo no acumulado, refletindo um cenário de cautela do comprador e forte sensibilidade a fatores externos”, diz.
“O mercado de locações, por outro lado, se mostra a grande válvula de escape do setor em 2025, crescendo de forma consistente no acumulado e respondendo a uma mudança no perfil da demanda: mais pessoas estão optando por alugar, em vez de comprar, mesmo com a queda registrada de mais de 20% em julho na comparação com junho.”
Segundo o CreciSP, as vendas de casas responderam por 39% dos negócios e os apartamentos ficaram com 61% do mercado em julho. Quando o assunto é aluguel, a preferência é por imóveis térreos ou sobrados: 52,9%. Já 47,1% dos locatários preferem morar em edifícios.
O valor médio das casas e apartamentos vendidos ficaram entre R$ 200 mil e R$ 300 mil. A maioria das casas vendidas era de dois dormitórios, e área útil de 50 m² até 100 metros quadrados. A maior parte dos apartamentos vendidos em julho era de dois dormitórios e área útil de até 50 m².
Segundo o CreciSP, 56,9% das propriedades vendidas em julho estavam situadas na periferia, 19% nas regiões centrais e 24,1% nas áreas nobres. Com relação às modalidades de venda, 56,7% foram financiadas pela Caixa Econômica Federal, 5% por outros bancos, 8,3% diretamente pelos proprietários, 30% dos negócios foram fechados à vista e nenhum por consórcio no período.
Locações – A faixa de preço de locação de preferência dos inquilinos de casas e apartamentos ficou entre R$ 1.000 e R$ 1.500 em julho. A maioria das casas era de três dormitórios, entre 50 m² e 100 m² de área útil. A maior parte dos apartamentos era de até dois dormitórios com 50 m².
A principal garantia locatícia escolhida pelos locatários foi o seguro fiança. Os novos inquilinos optaram por imóveis situados na região nobre das cidades pesquisadas (47,1%), na região central (5,9%) e nos bairros da periferia (47%).
Entre aqueles que encerraram os contratos de locação, 32% não informaram a razão da mudança, 20% mudaram para um aluguel mais caro e 48% para o mais barato.

