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Elizabete passa sua primeira noite em Tremembé

Acusada da morte de sua nora e sua filha segue para sua quarta unidade prisional, enquanto aguarda julgamento

Elizabete, acusada da morte da nora, já está na Penitenciária Feminina de Tremembé (Foto: Reprodução)

Por: Adalberto Luque

Elizabete Eugênio Arrabaça, de 68 anos, acusada da morte de sua nora Larissa Talle Leôncio Rodrigues e de sua filha Nathalia Garnica, passou sua primeira noite na Penitenciária Feminina de Tremembé. Ela foi transferida nesta quarta-feira (20) para sua quarta unidade prisional, desde que foi presa em 6 de maio.

A defesa de Elizabete já tentou várias vezes transformar a prisão preventiva em domiciliar, alegando motivos de saúde, apresentando laudos de diversas comorbidades, mas os pedidos foram negados. A acusada ocupa uma cela no complexo penitenciário de Tremembé, conhecido por ser a penitenciária das “celebridades” do crime.

Elizabete já esteve presa na Cadeia Pública de São Joaquim da Barra, Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu, Penitenciária Feminina de Votorantim e agora está no Vale do Paraíba, em Tremembé, distante 430 km de Ribeirão Preto.

Segundo o advogado Bruno Ribeiro, responsável pela defesa da idosa, a transferência já era aguardada. “A diretoria da Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu já havia questionando se concordávamos, pois não podiam mais manter a senhora Elizabete na Enfermaria e, a remoção dela para um dos raios (onde ficam as celas) da unidade não seria uma opção, seja por sua fragilidade (pois os raios ficam distantes da enfermaria), seja por possível represálias de outras presas, face a repercussão do crime do qual ela está respondendo”, explicou.

O advogado completou: “Entendemos que, embora distante do local de sua residência e de seus familiares, é uma unidade que preservará a saúde e a integridade física de Elizabete no período em que ela estiver presa.”

Mãe e filho devem ser ouvidos em audiência de instrução, que começa em 9 de setembro (Foto: Redes Sociais)

Recurso negado

A 2ª Vara do Júri de Ribeirão Preto negou, na segunda-feira (18), o pedido das defesas de mãe e filho para anular todas as mensagens encontradas nos celulares apreendidos de Elizabete e Luiz Antônio. Havia o questionamento da legalidade na obtenção destas provas.

Para o promotor Marcus Túlio Nicolino, a decisão foi importante, porque tudo foi feito com mandado de busca e apreensão, o que fez com que o pedido fosse refutado pela Justiça. Assim, tudo o que foi extraído dos telefones pode e deve ser usado como prova pela acusação.

Elizabete e seu filho, o médico ortopedista Luiz Antônio Garnica, vão começar a definir seus destinos. A Justiça anunciou a data da audiência de instrução, debates e julgamento. Neste rito, o juiz vai poder ouvir defesa, acusação e testemunhas de ambos os lados para definir se prossegue com o julgamento, se é júri popular ou até mesmo se as provas são insuficientes para serem apreciadas.

A audiência de instrução será realizada no Fórum Criminal de Ribeirão Preto. Começa em 9 de setembro, às 09h30. Neste primeiro dia, serão ouvidas as 24 testemunhas de acusação. Se não for possível ouvir todas, uma nova data será marcada. Também haverá datas para ouvir as testemunhas de defesa e os réus.

A expectativa é que a audiência de pronúncia seja anunciada até o final deste ano e o julgamento deve ocorrer na metade do próximo ano.

Entenda o caso

Elizabete e seu filho Luiz Antônio foram presos, suspeitos de terem matado a professora Larissa, de 37 anos. Ela era nora de Elizabete e esposa de Garnica e, no exame toxicológico, foi comprovado que ela morreu envenenada por “chumbinho”.

O crime ocorreu em 22 de março, no apartamento onde Larissa e o marido moravam, no Jardim Botânico, zona Sul de Ribeirão Preto. Luiz Antônio é acusado de ter forjado álibis. Ele foi ao cinema na companhia de sua amante. Depois dormiu no apartamento da namorada.

Larissa e Nathalia, sepultadas no mesmo túmulo, foram os dois primeiros inquéritos instaurados para apurar envenenamento (Foto: Alfredo Risk)

Elizabete admitiu que esteve no apartamento de Larissa, na noite anterior a sua morte. A Polícia Civil acredita que ela tenha envenenado Larissa aos poucos,

No decorrer das investigações, foi levantada a suspeita de que Elizabete podia ter envenenado sua filha Nathalia, morta em 9 de fevereiro, em circunstâncias semelhantes às de Larissa (ambas eram saudáveis).

O delegado pediu a exumação do corpo da cunhada de Larissa. Ambas estão sepultadas em Pontal. O exame comprovou que a filha de Elizabete também foi morta por envenenamento com “chumbinho”.

Elizabete também é investigada em outros três casos: por ter envenenado a cachorra da filha, por ter tentado envenenar uma amiga e pela morte, há nove anos, de outra amiga. Os três casos ainda estão em investigação. As defesas de Garnica e Elizabete sustentam que seus clientes são inocentes.

 

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