Cleison Scott *
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O “biorritmo universal” de Fritjof Capra, refere-se à sua visão sistêmica da vida, onde todos os sistemas vivos, incluindo a humanidade, estão interconectados em uma vasta rede. Essa visão, baseada na ecologia profunda e no pensamento sistêmico, enfatiza a interdependência e a auto-organização dos sistemas vivos, contrastando com a visão cartesiana e mecanicista que tradicionalmente separa o homem da natureza e fragmenta o conhecimento.
Em princípio Descartes não pretendia estabelecer uma nova maneira de pensar ciência, mas, afastar a sanha controladora da religião sobre o pensamento científico, como o recente e bárbaro assassinato de Giordano Bruno mostrava. Na Wikipedia Bruno é apresentado como: “Giordano Bruno foi um teólogo, filósofo, escritor, matemático, poeta, teórico de cosmologia, ocultista hermético e frade dominicano italiano”, ou seja, Descartes sabia que a inquisição não respeitava nada e ninguém que colocasse em risco os dogmas da Igreja. Assim, sua proposta de dividir o estudo em “Espírito e Matéria” como áreas absolutamente distintas, foi muito mais motivada pelo medo do que pela lógica. Como a Igreja passava por dificuldades internas, já que, não era somente seus dogmas que estavam sendo questionados, mas toda sua estrutura, provocando um cisma interno que colocava sua própria hegemonia em risco, aceitou a proposta para evitar mais uma frente de batalha com a ciência, foi imediatamente adotada como base do pensamento científico.
Na década de 1970 os biólogos chilenos, Francisco Varela e Humberto Maturana apresentaram a teoria da “Autopoieses”, a capacidade dos sistemas vivos de se auto-organizarem e se autorreproduzirem que vão dar sustentação à teoria dos campos de memórias, apresentado em 1981 pelo biólogo Rupert Sheldrake, os Campos Mórficos, os quais operam pela ressonância que o físico Nassim Haramein diz ser a base de funcionamento do Universo.
A teoria dos campos morfogenéticos, ou campos mórficos, postula a existência de campos não materiais que carregam informações e influenciam o desenvolvimento e o comportamento de organismos através da ressonância.
A origem é única; O Campo Unificado para a ciência; a Consciência de Deus para a espiritualidade. O fractal básico, o Planck, a onda/partícula de Broglie, que forma tudo, desde os imponderáveis pensamentos e sentimentos, até os sólidos e gigantescos corpos celestes, tudo ressoa no movimento permanente do Planck. O Hinduísmo o chama de Shiva conhecido como o deus da dança, especificamente na sua forma de Nataraja, que significa “Senhor da Dança”. A sua dança cósmica, simboliza o ciclo eterno de criação, preservação e destruição do universo, além de ser um lembrete da impermanência e do ritmo da vida. Esta representação visual é uma metáfora das cinco atividades divinas essenciais: criação, preservação, destruição, ilusão e libertação e sua imagem recepciona os visitantes em frente a porta do CERN, o mais famoso acelerador de partículas do mundo, numa demonstração de que a ciência busca só a Verdade, independentemente de onde ela esteja.
Stephen Hawking que quando partiu ocupava a cadeira que foi de Isaac Newton, em estudo sobre o evoluir científico da humanidade Os Gênios da Ciência, cujo título original em inglês ‘The Illustrated on the Shouders of Giants’ algo como ‘Revista Ilustrada sobre os ombros de gigantes’ mostra claramente que a ciência sempre avança com análises, estudos e teorias fundamentadas em outros que os precederam. O que vimos aqui, mostra o quanto isso é verdadeiro e que Nassim e seus colegas do ISF (International Space Federation) Federação Espacial Internacional, na França, devem chegar à teoria da “Ciência Única”, uma vez que a fragmentação se consolidou com a introdução do método cartesiano, uma construção teórica (dividir pata melhor compreender o todo) que não existe na natureza. O pensamento sistêmico de Fritjof Capra, lindamente mostrado no filme de seu irmão Bernet Capra, “O Ponto de Mutação”, que na vida e na natureza não há espaço para o bloco do ‘eu sozinho’. Os torturadores sabem que o isolamento é a mais dolorosa das torturas. Na ciência, todas as teorias se completam, a partir da compreensão de sua relação com o todo universal.
O homem dispende enormes parcelas de tempo e recursos tentando provar o que é impossível, pois é, parte de uma falácia. Desde que o James Webb começou a enviar os resultados de sua busca, a tal incognoscível explosão (popularmente chamada de Big-Bang) vem sendo questionada. Nunca uma explosão teve potencial para criar algo novo e organizado; e no caso do Universo, numa diversidade imensurável.
* Administrador de empresas com especialização em Marketing

