Por: Adalberto Luque
A Polícia Federal realizou, na manhã desta quinta-feira (11), mais uma operação contra grupos especializados na lavagem de dinheiro para o crime organizado na região. O “Operação Hauler” foi deflagrada pela Delegacia da PF em Araraquara.
O alvo é um grupo criminoso investigado por crimes contra o sistema financeiro nacional e associação criminosa. De acordo com a PF, um dos alvos da operação é uma loja de automóveis em Ribeirão Preto. O nome da empresa, todavia, não foi informado.

Policiais federais cumpriram quatro mandados de prisão temporária e 19 de busca e apreensão. No total, 22 pessoas físicas e jurídicas são investigadas. As ações ocorreram simultaneamente nas cidades de Ribeirão Preto, Araraquara, Matão e Santos, logo que o dia clareou.
Em Ribeirão Preto uma pessoa foi presa. Além disso, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. Um deles, na revenda de veículos de luxo, localizada na rua Professor Corrêa Leite, Alto da Boa Vista, zona Sul. Outros três mandados de busca foram cumpridas em casas localizadas em condomínio de alto padrão, em Bonfim Paulista, zona Sul da cidade.
De acordo com a PF, parte dos investigados já tem antecedentes criminais por tráfico de drogas e seriam ligados a facções criminosas. A investigação apurou que o grumo movimentou mais de R$ 74 milhões.

O valor pode ser ainda maior se consideradas conexões indiretas e negociações indefinidas, sobretudo aquelas envolvendo bens de alto valor sem acessar o sistema financeiro. São os casos de veículos de luxo, imóveis e embarcações.
A Justiça de Araraquara determinou o bloqueio de mais de R$ 74 milhões em bens dos investigados. Isso inclui veículos de luxo, imóveis de alto padrão e saldo contas bancárias e aplicações financeiras. A PF apreendeu 40 veículos durante a operação.
“A operação teve como foco a interrupção da estrutura de lavagem de capitais, a preservação de bens para futura reparação de danos e o fortalecimento da repressão qualificada ao crime organizado”, explicou. Durante a operação, duas pessoas foram presas em Ribeirão Preto, além de documentos, computadores e celulares apreendidos. As investigações prosseguem.

