Liberdade é uma palavra inerente ao ser humano, e sempre fez parte dos sonhos desde os primórdios da humanidade. Entretanto, não pode haver liberdade na desigualdade. Acontece que a liberdade, apesar de ser inerente ao ser humano, não é para todos. Liberdade e felicidade são dois conceitos oníricos dos seres humanos, no entanto, estes conceitos, muitas vezes causam a desarmonia na convivência social, pois a sociedade em sua maioria não entende estes conceitos.
Nos regimes políticos se destaca a “Democracia”, como sendo o regime ideal para a convivência humana, pois na teoria, permite que o povo participe do seu destino, contudo, não é bem assim. Acontece, que o poder que o povo imagina ter, não está em suas mãos, pois ao delegar a terceiros este poder, “fica sem lenço e sem documento”, pois o povo vota, mas os eleitos vão defender seus financiadores, pois comungam dos mesmos interesses. E com isso a “Democracia” deixa de ser plena, para ser relativa. O caput do artigo 5º da nossa Carta Magna; garante que todos são iguais perante a lei, sem restrição de nehuma natureza, entretanto, os cupins da política que agem na penumbra criaram a figura dos mais iguais, aí a liberdade fica restrita.
A história dos mais de cinco séculos do Brasil, nos mostra que “Liberdade”, nunca foi inerente ao pobre. Os invasores portugueses, que colonizaram o Brasil, carregavam consigo o conceito de raça superior, e por conta disso se achavam no direito de escravizar os povos originários, que na visão dos invasores era um povo inferior, e portanto, não precisavam ser tratados como seres humanos. Como a escravização dos povos originários não teve o sucesso que esperavam; importaram da África os negros escravizados, e este cativeiro cruel e desumano, permaneceu por quase quatrocentos anos. Já disse o poeta: “Desde que o mundo é mundo é assim”.
Atualmente, a palavra liberdade vem sendo usada como uma bandeira da livre expressão humana, tanto no Brasil, como em boa parte do mundo ocidental. Porém, essa liberdade tão apregoada, principalmente pela extrema direita é limitada pela visão religiosa e pelo campo do preconceito e da desigualdade. Na visão da extrema direita, a liberdade só tem validade, se coadunar com os seus principios – é uma liberdade vigiada. No Congresso Nacional, os parlamentares extremistas de direita pregam o tempo todo, uma liberdade de expressão absoluta, mas não permitem que opiniões de outras matizes, coloquem luz no debate.
Nos regimes de exceção, o combate à liberdade de expressão, as artes, e a literatura são conceitos inerentes a um sistema, que não permite oposição. Entretanto, atualmente no Brasil, que vive num regime democrático, vemos alguns governadores e prefeitos de extrema direita, proibindo manifestação de opinião e manifestação artística, coisa de regime de exceção. A Democracia só tem sentido, se promover o bem estar da população, acabando com a miséria, e a desigualdade, pois a liberdade só vai acontecer, quando não houver desigualdade. Quer impor ao povo brasileiro um Estado Teocrático, é tolher totalmente a liberdade, e sem liberdade os sonhos ficam restritos, e sem sonhos abundantes, o povo vai perdendo a esperança, e sem esperaça a vida perde o sentido. Liberdade não pode ser, como dizia uma propaganda nos anos 1980: “Liberdade é uma calça velha, azul e desbotada, que você pode uasr do jeito que quiser…”.

