Tribuna Ribeirão
Economia

Inflação acelera 
a 0,48% no Brasil

Pixabay
Alta de 12,17% da energia residencial, do grupo Habitação, foi o maior impacto individual dos 377 produtos e serviços pesquisados: impacto de 0,47 p.p.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – prévia da inflação oficial no país – acelerou de deflação de 0,14% em agosto para alta de 0,48% em setembro, 0,62 ponto percentual acima.

Houve aumento de 0,33% em julho, após taxas de 0,26% em junho, 0,36% em maio, 0,43% em abril, 0,64% em março, de 1,23% em fevereiro e 0,11% em janeiro.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período de 2024, o IPCA-15 tinha registrado alta de 0,13. Em 2023, a inflação foi de 0,35%.

O resultado é o mais elevado desde março deste ano, quando chegou a 0,64%. Considerando apenas os meses de setembro, é a maior taxa desde 2021, quando avançou 1,14%. 

Com o resultado, acumula aumento de 3,76% em nove meses, ante 3,26% em agosto.

Era de 3,15% no mesmo período do ano passado. A taxa em doze meses está em 5,32% – a mais alta desde maio deste ano, de 5,40% –, contra 4,95% até o mês anterior, de acordo com o IBGE. De outubro de 2023 a setembro do ano passado estava em 4,12%.

Habitação – A alta do grupo Habitação respondeu por 0,5 p.p. do IPCA-15 de setembro. A energia elétrica residencial, que faz parte do grupamento, foi o maior impacto individual dos 377 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, subindo 12,17%, após a queda de 4,93% em agosto.

O impacto só desse subitem ficou em 0,47 p.p.

Além do fim do bônus, a conta de luz sofre influência da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adicionou R$ 7,877 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora (Kwh) consumidos. A cobrança extra é determinada pela Agência naconal de Energia Elétrica (Aneel) para custear usinas termelétricas em tempos de baixa nos reservatórios das hidrelétricas.

Alimentação – Os preços de Alimentação e bebidas caíram 0,35% em setembro, após queda de 0,53% em agosto. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,08 ponto percentual para o IPCA-15, que subiu 0,48% no mês. Foi a queda seguida. Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,63% em setembro, após ter recuado 1,02% no mês anterior.

A alimentação no domicílio foi influenciada pelas quedas do tomate (-17,49%), cebola (-8,65%), arroz (-2,91%) e café moído (-1,81%).

No sentido inverso, as frutas subiram 1,03%, em média. Em relação à alimentação fora do domicílio, o IPCA-15 mostra alta de 0,36%, abaixo do 0,71% de agosto, representando desaceleração. O lanche desacelerou de 1,44% em agosto para 0,70% em setembro, e a refeição caiu de 0,40% para 0,20%.

Transportes – Os preços do grupo Transportes caíram 0,25% em setembro, após queda de 0,47% em agosto, com contribuição negativa de 0,05 ponto percentual para o IPCA-15. Os preços de combustíveis tiveram queda de 0,10% em setembro, após recuo de 1,18% no mês anterior. A gasolina caiu 0,13%, após ter baixa de 1,14% em agosto, enquanto o etanol avançou 0,15% nesta leitura, após retração de 1,98% na última.

O resultado foi influenciado também pelo seguro voluntário de veículo (-5,95%) e pelas passagens aéreas, que caiu 2,61% ante queda de 2,59% em agosto.

O gás veicular recuou 1,55%, ante deflação de 0,25% no período anterior, enquanto o óleo diesel subiu 0,38%) e o etanol avançou 0,15%, contra recuos de 0,20% e etanol 1,98%.

Grupos – Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, cinco apresentam alta de preços na prévia de agosto. Destaque para Habitação, com aumento de 3,31% e contribuição de 0,50 ponto percentual.

O segundo grupo que mais ajudou a elevar o custo de vida foi o de Vestuário, com alta de 0,97% e impacto de 0,04 p.p. 

Saúde e cuidados pessoais teve aumento de 0,36% e contribuição de 0,05 p.p..

Despesas pessoais (alta de 0,20% e impacto de 0,02 p.p.) e Educação (0,03%, sem impacto) completam a lista de reajustes. Caíram os preços de 
Comunicação (-0,08, sem contribuição), Artigos de residência: (-0,16, sem impacto), Transportes (queda 0,25% e contribuição de -0,05 p.p.) e Alimentação e bebidas (baixa de 0,35 e impacto negativo de 0,08 p.p.)

IPCA cheio – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,11% em agosto, após alta de 0,26% em julho.

A taxa acumulada em doze meses arrefeceu pela segunda vez seguida, de 5,23% para 5,12%. O acumulado no ano é de 3,15%, contra 3,26% até julho.

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