O brasileiro dom Ilson de Jesus Montanari, de 66 anos, foi nomeado para o cargo de secretário do Dicastério dos Bispos pelo papa Leão XIV
O papa Leão XIV nomeou no sábado, 26 de setembro, o brasileiro dom Ilson de Jesus Montanari, de 66 anos, para o cargo de secretário do Dicastério dos Bispos. Nascido em Sertãozinho, na Região Metropolitana de Ribeirão Preto, ele ficará por mais cinco anos à frente deste secretariado do Vaticano, posição que já exerceu nos dois últimos quinquênios. Montanari foi vice-camerlengo da Igreja Católica, ou seja, o segundo na hierarquia de religiosos que assumiram funções administrativas após a morte do papa Francisco – ficando abaixo apenas do cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell, nomeado camerlengo pelo próprio Francisco em 2019. Dom Ilson de Jesus Montanari foi um dos organizadores do funeral e do sepultamentop do papa Francisco, que morreu em 21 de abril, aos 88 anos.
São os camrmelengos, funcionários diretos e ajudantes do papa, os responsáveis pelos ritos. Por esse motivo, contribuiu diretamente na organização do velório e no sepultamento de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, que morreu em 21 de abril, aos 88 anos. São os carmelengos, funcionários diretos e ajudantes do pontífice, os responsáveis pelos ritos. O padre paulista foi ordenado em 1989, em Ribeirão Preto, cidade onde estudou direito, economia e filosofia.
Cursou ainda teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Depois de exercer várias funções na Arquidiocese de Ribeirão Preto, como professor de teologia e coordenador de pastoral, dom Ilson de Jesus Montanari retornou a Roma em 2002 para cursar teologia dogmática, também na Pontifícia Universidade Gregoriana. Em 2008, tornou-se oficial na
Congregação para os Bispos e, três anos depois, foi nomeado pelo papa Bento 16 Capelão de Sua Santidade, uma distinção em reconhecimento aos serviços prestados por um sacerdote à Igreja. Já sob o papado de Francisco, foi nomeado secretário do Dicastério para os Bispos em 2013 e, no mesmo ano, recebeu do arcebispo da Arquidiocese de Ribeirão Preto, dom Moacir Silva, a ordenação episcopal, tornando-se bispo.
A nomeação como secretário do colégio dos cardeais pelo papa Francisco ocorreu no ano seguinte, em 2014. Essa foi as segunda grande decisão do papa Leão XIV envolvendo a região em menos de seis meses de papado. Em maio, elevou a diocese de São José do Rio Preto à categoria de arquidiocese, desmembrando-a da Arquidiocese de Ribeirão Preto. O bispo Dom Antônio Emídio Vilar passou a ser arcebispo metropolitano. Foi a primeira criada em todo o mundo católico pelo novo pontífice, desde que ele foi eleito, no último dia 8 do mesmo mês.
No mesmo ato, o bispo Dom Antônio Emídio Vilar foi nomeado arcebispo metropolitano da nova arquidiocese. As informações constam de boletim do Vaticano publicado na quinta-feira, 22 de maio, e foram confirmadas pela nova arquidiocese. ”É a conclusão de um processo iniciado em 2010, quando os bispos pediram a criação da arquidiocese. É uma alegria ver que todo o processo, que foi encaminhado pelo papa Francisco, agora se concretiza pelo papa Leão XIV”, disse Dom Vilar. A Arquidiocese de Rio Preto tem atribuição sobre as dioceses de Barretos, Catanduva, Jales e Votuporanga, todas na região norte do estado de São Paulo.
A missa de instalação oficial da nova estrutura da Igreja Católica na região ocorreu em 9 de julho, na Catedral de São José. De acordo com o Código de Direito Canônico, as províncias eclesiásticas, como são chamadas as arquidioceses, têm a missão de promover uma ação pastoral comum entre as dioceses vizinhas.
“Como cresce sempre o número de paróquias e dioceses, é urgente adequar algumas estruturas, para facilitar a ação pastoral entre os bispos. Isso inclui uma ajuda recíproca que, claro, já acontece na prática”, explicou o novo arcebispo. No dia 29 de junho, em uma cerimônia no Vaticano, o arcebispo Dom Vilar recebeu das mãos do papa Leão XIV o pálio, uma vestimenta litúrgica composta de uma manta de lã usada na Igreja Católica para simbolizar o pastor que carrega as ovelhas sobre os ombros. Foi o primeiro encontro do nomeado com o novo pontífice.
O pálio foi usado pela primeira vez durante a missa de instalação da arquidiocese. Dom Moacir Silva responde pela Arquidiocese de Ribeirão Preto, criada em 19 de abril de 1958 pela bula “Sacrorum Antistitum”, pela qual o papa Pio XII elevou o status da Diocese de Ribeirão Preto, oficializado por dom Luís do Amaral Mousinho, primeiro arcebispo, em 30 de novembro do mesmo ano. A Arquidiocese de Ribeirão Preto abrange Altinópolis, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guatapará, Jardinópolis, Luiz Antônio, Pontal, Santa Cruz da Esperança, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana e Sertãozinho.

