Um morador de rua de 50 anos está internado na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto com suspeita de intoxicação por metanol após ter ingerido bebida alcoólica supostamente adulterada. Nesta sexta-feira, 3 de outubro, ele passou por avaliação e foi constatado alto teor alcoólico no organismo.
Porém, ainda não há confirmação da presença de metanol. Amostras de sangue foram coletadas e serão enviadas ao Instituto de Criminalística para análise. Estava sem documentos, mas a suspeita é que ele resida em Ribeirão Preto. Um óbito está sendo investigado em Cajuru, segundo a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
Na quarta-feira (1º), a Polícia Civil de Ribeirão Preto e a Secretaria Municipal de Saúde fizeram uma fiscalização em uma distribuidora na Zona Oeste da cidade após um morador de Barrinha, na região metropolitana, dar entrada no Hospital das Clínicas por suspeita de intoxicação por metanol. Ele já teve alta e o resultado deu negativo para metanol.
Segundo as investigações preliminares, o homem contou que consumiu uísque em um bar de Barrinha e passou mal. A Vigilância Sanitária esteve no local e o proprietário informou que comprava bebidas de uma distribuidora de Ribeirão Preto.
Durante a ação, nada de suspeito foi encontrado no local. As bebidas tinham nota fiscal e estavam lacradas. Amostras de sangue do paciente internado no HC foram coletadas e devem ser analisadas para confirmar ou descartar a presença de metanol.
Prisões – Duas mulheres, de 23 e 34 anos, foram presas na noite de quarta-feira com 162 garrafas de bebidas alcoólicas falsificadas. As duas trafegavam em um Kia Sportage conduzido pela mais jovem, na Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326), altura do km 310, entre Dobrada e Matão, cerca de 100 quilômetros de Ribeirão Preto.
Elas relataram que compraram os produtos em uma tabacaria na Galeria Pagé, região da rua Vinte Cinco de Março, Centro de São Paulo, pelo valor de R$ 9.760, e que o destino final seria uma adega em Guariba e eventos em Jaboticabal, na região metropolitana.
Representantes da Alliance Against Counterfeit Spirits (AACS) e da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) foram acionados e confirmaram a falsificação após análise das imagens das garrafas e rótulos, destacando que alguns sequer são comercializados no Brasil.
Em Jaboticabal, mais de mil garrafas de uísque e vodca foram apreendidas pela Polícia Civil e Vigilância Sanitária em uma adega e um supermercado, nesta quinta-feira, por suspeita de adulteração e falsificação. O dono foi preso porque também vendia cigarros contrabandeados.
Amostras dos produtos confiscados serão analisadas pelo Instituto de Criminalística para confirmar se houve à fraude e se havia metanol. O dono dos estabelecimentos diz que tem nota fiscal dos produtos apreendidos. Sobre os cigarros, informou que três pacotes foram apreendidos e que não trabalha mais com esse tipo de mercadoria

