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Relatório da iluminação chega ao MP

Divulgação
Daniel Gobbi (à esq.) e Rangel Scandiuzzi, presidente e relator da CEE da Iluminação Pública, entregaram relatório final da ao promotor Alexandre Padilha (centro)

Relatório final da Comissão Especial de Estudos da PPP da Iluminação Pública foi recepcionado pelo promotor de Justiça Alexandre Padilha



Nesta segunda-feira, 13 de outubro, os vereadores Daniel Gobbi (PP) e Rangel Scandiuzzi (PSD), presidente e relator da Comissão Especial de Estudos (CEE) da Iluminação Pública, entregaram o relatório final da ao promotor Alexandre Padilha.

O encontro ocorreu na sede do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

Instaurada para apurar falhas e descumprimentos contratuais na parceria público-privada (PPP) da iluminação pública entre o consórcio Conecta RP e a prefeitura de Ribeirão Preto, a comissão apresentou ao Ministério Público os principais apontamentos e conclusões do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos meses.

Além de ser analisado pelo MP, o relatório também será encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) e ao governo municipal.

“Trabalhamos de maneira transparente e com firmeza para cobrar os responsáveis por esse contrato e sua execução.

Tenho certeza de que o Ministério Público somará esforços para que a nossa cidade receba os serviços pelos quais paga: iluminação de qualidade e moderna, com respeito e compromisso com o dinheiro público”, destacou Gobbi, presidente da comissão.

Já o relator Rangel Scandiuzzi afirmou que os elementos apurados indicam a necessidade de verificação por parte do Ministério Público.

“Entendemos que os elementos apurados indicam a necessidade de análise por parte do Ministério Público quanto a possíveis infrações administrativas, cíveis e criminais. Confiamos que o órgão adotará as medidas cabíveis para resguardar o interesse público e proteger os recursos municipais”, disse.

Em 6 de outubro,a prefeitura de Ribeirão Preto, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Zeladoria, notificou o consórcio Conecta RP para que, no prazo de cinco dias, preste informações sobre a notificação extrajudicial feita por um dos prestadores de serviço do consórcio, a Marques Assessoria Eirelli.

A notificação da prefeitura foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) de segunda-feira, 6 de outubro. A empresa alega que o consórcio desrespeitou as cláusulas contratuais e deixou de fazer o pagamento, forçando a paralisação de prestação dos serviços de cadastramento, modernização e eficientização da iluminação pública na cidade.

Na notificação, a prefeitura afirma que o contrato de concessão administrativa assinado com o Conecta Ribeirão Preto estabelece ao consórcio a responsabilidade integral pelos compromissos assumidos por terceiros e empregados, não sendo admissível a descontinuidade na prestação do serviço público concedido pelo município.

Por meio de nota, a Secretaria de Infraestrutura e Zeladoria informa que está é a sexta notificação do Conecta Ribeirão Preto, desta vez devido a possível inadimplência da empresa com prestador de serviço. “A atual gestão utiliza todos os recursos disponíveis para garantir a execução contratual e segue os ritos processuais”, diz o texto.

Em 7 de julho de 2023, o Conecta Ribeirão Preto venceu o leilão da parceria público-privada, realizado na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. O grupo deverá investir, nos próximos 13 anos, R$ 100 milhões na manutenção, ampliação e modernização da Iluminação pública da cidade. Para isso, deveria receber R$ 1.034.208,14 por mês via Taxa de Iluminação Pública paga pela população.

Atualmente, recebe da prefeitura pelos serviços de iluminação pública R$ 506 mil por mês, valor que aumentará de acordo com a realização do cronograma dos serviços, até chegar ao teto estabelecido no contrato. O valor mensal da taxa é calculado conforme a classe de consumidor e o consumo de energia elétrica indicado na fatura emitida pela CPFL Paulista.

Como havia atrasado os serviços, não estava recebendo valor integral. Em agosto, setembro outubro, novembro e dezembro do ano passado o valor repassado foi de cerca de R$ 2 milhões. Desde abril do ano passado, os clientes da CPFL Paulista em Ribeirão Preto pagam pelo novo sistema de contribuição da taxa de iluminação pública estabelecido pela lei municipal nº 3.156.

A legislação foi aprovada na Câmara de Vereadores e sancionada pelo então prefeito Duarte Nogueira (PSDB) no começo do ano passado. A legislação alterou o sistema de cobrança da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (CIP), que tinha valor fixo de R$ 11,37 por mês e que passou a ser calculado a partir do consumo de cada imóvel. Os recursos serão utilizados para o pagamento do consórcio vencedor da PPP.

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