Por: Adalberto Luque
Um homem de 77 anos foi preso, na noite deste domingo, 26 de outubro, suspeito de matar sua filha, de 54 anos. O corpo da mulher foi encontrado já sem vida no meio da avenida Virgílio Soeira, Jardim Arlindo Laguna, zona Oeste de Ribeirão Preto.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o pai agride a filha, aparentemente com uma barra de ferro. Foram mais de 30 golpes, na região da cabeça.
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), a Polícia Militar foi acionada por uma vizinha que presenciou as agressões. A mulher achou que o homem agredia a vítima com um facão.

Assim que a PM chegou, a mulher já estava sem vida. Mesmo assim, acionaram a Unidade de Suporte Avançado (USA) do Corpo de Bombeiros e o médico Leandro Mota constatou a morte da mulher, identificada como Andreia Adonai da Silva Almeida, de 54 anos.
Ela tinha diversos ferimentos no rosto e na cabeça. As testemunhas indicaram onde estaria o suposto autor das agressões, numa casa próxima. Os PMs foram até o local e encontraram José Pereira da Silva, pai da vítima.

O portão estava aberto e tinha marcas de sangue na entrada e na sala do imóvel, mas não havia sinais de luta. Os policiais também encontraram duas barras de ferro, com marcas de sangue, possivelmente usadas na agressão.
O homem havia acabado de sair do banheiro, onde havia tomado banho. Ele tinha ferimentos no braço, inclusive um corte profundo. Silva não disse uma palavra sequer para os policiais. Ele foi levado para um hospital e, em seguida, conduzido para a Delegacia de Defesa da Mulher, na Ribeirânia, zona Leste da cidade.

Uma vizinha, que não quis se identificar, disse que o idoso já havia sido identificado com Alzheimer. Disse que a vítima relatou que ele andava nervoso, mas preferia continuar cuidando dele a internar em uma clínica especializada.
Na presença do delegado, novamente o pai de Andréia permaneceu calado. Preso em flagrante, foi encaminhado para uma unidade prisional, permanecendo à disposição da Justiça. Ele vai responder por violência doméstica e feminicídio. O celular da vítima, que estava na residência, foi entregue ao delegado. A defesa do homem não foi localizada. Em audiência de custódia a prisão em flagrante foi convertida para prisão preventiva.

