Por: Adalberto Luque
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de São Paulo (MPSP) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (29), a Operação Antígeno, voltada a desarticular uma organização criminosa investigada por comercializar medicamentos falsificados ou de origem desconhecida e por lavar dinheiro.
As apurações tiveram início em Ribeirão Preto, após um hospital da região identificar um lote de imunoterápicos com indícios de falsificação. A partir desse caso, os investigadores constataram a atuação de uma estrutura criminosa sediada principalmente nos Estados do Rio de Janeiro e de Goiás, responsável por fornecer fármacos falsificados ou de procedência ignorada a hospitais em diferentes unidades da Federação. O foco do grupo seria a venda de medicamentos de alto custo, utilizados no tratamento de doenças graves, como o câncer.
Nesta fase, o GAECO paulista contou com o apoio dos Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e de Goiás para o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 15 milhões em nome dos investigados e de empresas ligadas a eles, além do sequestro de imóveis e veículos e da apreensão de bens, como dinheiro em espécie.
Também foi determinada a suspensão das atividades de companhias envolvidas e a proibição de os investigados exercerem funções ligadas à comercialização de medicamentos e produtos hospitalares. De acordo com o MP, o grupo recorria a empresas de fachada para ocultar e dissimular valores obtidos de forma ilícita, o que caracteriza o crime de lavagem de capitais.
A operação tem como objetivo interromper o comércio irregular de medicamentos e garantir a recuperação de bens e valores. A análise do material apreendido e novas diligências darão continuidade às investigações.

