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Acusado de duplo homicídio é julgado na região

Os peritos constataram 15 disparos contra as três vítimas, todos de pistola 9mm (Foto: Reprodução)

Por: Adalberto Luque

Um júri composto por quatro mulheres e três homens vai decidir se o réu Geraldo Sestari Ramos da Silva, acusado de matar Alessandro Donizeti Ferreira e Edgar Luiz Dias Borborema e de ferir Isabelly Thaís Barbosa da Silva será condenado por homicídio triplamente qualificado, como pediu o Ministério Público de São Paulo (MPSP).

O crime, ocorrido em fevereiro de 2021, foi cometido quando as vítimas saiam de uma festa e entravam no carro. Os réus seriam desafetos das vítimas fatais. A mulher ferida era de Ribeirão Preto e estava sendo levada de volta para a casa, depois de passar algumas horas na festa.

O homem, que está sendo julgado foi acusado de homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, com meio cruel e sem possibilidade de defesa. Dois homens acusados teriam disparado mais de 15 tiros com duas pistolas 9 mm que portavam. Eles fugiram logo após o crime. Silva estava acompanhado de Jocsã dos Reis Pereira do Carmo, mas ele foi preso por outro crime e, neste duplo homicídio, se tornou impronunciável.

Um réu impronunciado significa que o juiz não encontrou provas suficientes (materialidade e autoria) para enviá-lo a julgamento no Tribunal do Júri, encerrando o processo naquela fase sem que o réu seja absolvido ou condenado. Essa decisão não significa inocência definitiva, pois permite uma nova ação penal se surgirem provas novas no futuro.

Se os sete jurados entenderem que Silva é culpados por homicídio triplamente qualificado, ele podem ser condenado a 30 anos de prisão. Não há previsão da conclusão do Tribunal do Júri. Pelo menos 14 testemunhas de acusação foram arroladas pela promotoria. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do réu.

Relembre o caso

Na madrugada de 18 de fevereiro de 2021, durante o período da pandemia de Covid-19, dois homens foram mortos e uma mulher ficou ferida após serem atacados a tiros na Rua Ivone Ferreti Ferreira, no Centro de Jardinópolis, região metropolitana de Ribeirão Preto. Imagens de câmeras de segurança registraram o crime. Segundo o inquérito policial, os autores dos disparos foram identificados como Jocsã dos Reis Pereira do Carmo e Geraldo Sestari Ramos da Silva. As vítimas fatais foram Alessandro Donizeti Ferreira e Edgar Luiz Dias Borborema. Isabelly Thaís Barbosa da Silva sobreviveu aos ferimentos.

De acordo com as investigações, os acusados, que tinham desavenças anteriores com Alessandro e Edgar, ambos comerciantes (um era mecânico e outro dono de um mercado), planejaram a ação criminosa e aguardaram escondidos em um terreno baldio próximo à chácara onde ocorria uma festa. As vítimas teriam participado do evento.

Horas antes, na noite do dia 17, Alessandro e Edgar haviam buscado Isabelly e três amigas em Ribeirão Preto para participar da festa em Jardinópolis. Por volta das 3h, quando o grupo deixava o local, uma das jovens retornou à chácara para buscar um carregador de celular. No carro permaneceram Edgar, que dirigia; Isabelly, no banco do passageiro; e Alessandro, acompanhado de duas amigas, no banco de trás.

Edgar foi atingido por cinco disparos e Alessandro levou seis tiros, dos quais três na cabeça; Isabelly foi ferida por três disparos e sofreu ferimentos no braço e joelho (Foto: Reprodução)

Nesse momento, Geraldo e Jocsã se aproximaram e, armados, efetuaram diversos disparos contra o veículo. Edgar foi atingido por cinco tiros e morreu no local. Alessandro tentou sair do carro, mas foi alvejado e caiu no meio da rua, sendo atingido novamente enquanto estava no chão. O laudo necroscópico apontou seis ferimentos causados por arma de fogo. Isabelly foi atingida por três disparos, sofrendo lesões no braço e no joelho, mas sobreviveu.

Após o ataque, os autores fugiram do local. As perícias confirmaram que Alessandro e Edgar morreram em decorrência dos ferimentos provocados pelos tiros. O inquérito da Delegacia de Jardinópolis concluiu que o crime foi cometido por motivo torpe, caracterizado por vingança, e com uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas, uma vez que o ataque ocorreu de forma repentina e sem possibilidade de reação.

A promotora Maria Júlia Câmara Facchin Galati ofereceu denúncia contra a dupla. Ela acusou os dois de duplo homicídio triplamente qualificado. Jocsã foi preso por outro crime e se tornou impronunciado na audiência de instrução e apenas Geraldo respondeu pelo duplo homicídio.

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